
Hemerson Pinto
Esse foi o objetivo do movimento realizado na Praça de Fátima, Centro, na manhã do Dia Internacional da Mulher, 08 de março. Entidades da sociedade civil, reunidas pelo Fórum Municipal das Mulheres de Imperatriz, levaram mensagem de pedido por igualdade na concorrência e ocupação de vagas nos chamados espaços de poder.
O grupo distribuiu panfletos e forneceu informações relacionadas ao tema do movimento, ‘Democratização do poder: paridade já!’. “A gente quer discutir a participação da mulher no contexto dos espaços de poder. Hoje somos 51% do eleitorado (do Brasil) e nós temos apenas 10% de mulheres nas prefeituras brasileiras, 12% de mulheres nas câmaras de vereadores, 8% no senado brasileiro. Acreditamos e defendemos que somos sujeitos de direitos, temos especificidades e que precisamos estar nesses espaços para defender nossos direitos”, explica a coordenadora do Fórum Municipal das Mulheres de Imperatriz, Conceição Amorim.
A coordenadora explicou que no Brasil a Delegacia da Mulher foi criada há 30 anos, “e hoje temos apenas 7% dos municípios brasileiros com delegacia especializada no atendimento a mulher. Desses 7%, em situação precária, como no Maranhão. Em 1990 o estado do Maranhão disse que criou 18, mas instalou apenas sete, em situação precária, inclusive a de Imperatriz”, declara Conceição.
A militante explicou que de 2012 para 2014 o número de registros de ocorrência de violência contra a mulher caiu de 800 para 400. “Tem algum problema grave acontecendo, porque a violência não diminuiu. Imperatriz tem todos os serviços de atendimento a mulher vítima de violência, como delegacia, Vara, Promotoria, Centro de Referência, Casa Abrigo. Infelizmente, um dos principais órgãos, que é a delegacia, não funciona. É uma realidade nacional”, conta.
De acordo com as informações repassadas pelo movimento reunido na Praça de Fátima, a paridade entre homens e mulheres no cenário político municipal, em todo o país, pode demorar até 150 anos.
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