Geovana Carvalho
“Alguns cobram o valor adequado, outros cobram um valor superior. Do Bacuri ao Anhanguera já paguei dez reais antes das 22h, mas eu tinha que ir, não tive outra opção, eu me senti ofendido”. O depoimento de Francisco Wallace, usuário do serviço mototáxi, reflete os comentários do presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Francisco Aragão, sobre os preços aleatórios cobrados pela corrida.
De acordo com Aragão, muitos usuários do serviço denunciam ao sindicato cobranças abusivas. No entanto, ele alega que a ausência de uma tabela que determine os valores mínimo e máximo a serem pagos impossibilita qualquer trabalho de fiscalização por parte de sindicato da categoria. “Tem pessoas que cobram acima do que custaria a corrida, mas não tem como haver punições, pois não há tabela”.
Francisco Aragão diz ainda que o tabelamento de preços é de responsabilidade da prefeitura. Segundo ele, o preço mínimo, referente a corridas curtas, seria quatro reais e o valor máximo, a ser pago por corrida feita à noite, entre bairros distantes, como – no exemplo citado por ele – do centro ao bairro São José, após as 22h, seriam acrescidos 30% do valor habitual.
O mototaxista Itamar Pereira diz que uma corrida entre dois pontos no centro da cidade custa quatro reais, porém do centro para bairros mais afastados há a possibilidade de negociar com o passageiro. “Do centro à Vila Nova, em média, são cinco reais. Do centro ao São José, a gente negocia. Do centro para o Ouro Verde [a corrida] custa de sete a oito reais, isso até as 22h; depois da meia noite, é negociar o preço”, diz o mototaxista.
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