O vereador-presidente José Carlos quer ver os laudos técnicos que justificam as mudanças feitas no trânsito da avenida
Para o presidente da CDL, Francisco Almeida, é preciso pensar em Imperatriz como uma metrópole
A população compareceu para participar do debate na Câmara Municipal

A Comissão de Obras e Serviços Públicos, representada pelo vereador-presidente Enoc Lima Serafim (PDT), conduziu a audiência pública que discutiu as mudanças no trânsito da Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa.

Comerciantes, representantes de sindicatos, de associações, comandante do Batalhão da Polícia Militar, o secretário municipal de Trânsito, a população e vereadores tiveram a oportunidade de discutir e sugerir soluções.
O propositor do debate, vereador-presidente José Carlos Soares Barros (PTB), observou o interesse que a população vem manifestando ao participar das discussões levantadas pela Câmara Municipal. José Carlos não concorda com a decisão da retirada do estacionamento de um dos lados da via e afirma que isso fere a Lei da Acessibilidade garantida aos cidadãos.
"Os direitos dos cidadãos estão sendo desrespeitados em todos os sentidos. Os hospitais, clínicas, óticas estão na Avenida Dorgival e são frequentados por pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiências, que estão sendo prejudicadas. A Lei de acessibilidade não é para os veículos, e sim para os pedestres", afirmou.
Os representantes de sindicatos, associações e comerciantes que usaram a tribuna relataram que estão sendo prejudicados com queda nas vendas depois da decisão tomada pelo poder executivo. Todos foram unânimes em sugerir a regulamentação do estacionamento, com a zona azul, onde se paga para estacionar por tempo determinado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito, Juracy Andrade, todas as mudanças foram baseadas no Código de Trânsito Brasileiro, que preza a mobilidade, a segurança e integridade das pessoas e que gerir o trânsito é de competência da prefeitura.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Francisco da Silva Almeida, é necessária a discussão em busca dos meios para que a mobilidade fique leve, já que Imperatriz é a segunda maior cidade do Maranhão e deve ser vista como uma metrópole, onde cada um deve fazer a sua parte.
"Não podemos mais pensar como uma cidade pequena. A construção de Imperatriz não é responsabilidade só do prefeito, mas é responsabilidade de todos nós que habitamos nesse município".
Esclarecimentos - O secretário municipal de Trânsito e Transporte, José de Ribamar Alves, explicou que tem enfrentado grandes desafios para organizar o trânsito, onde hoje circulam mais de 125 mil veículos e que o trabalho feito tem sido criterioso para atender às necessidades.
"A Dorgival Pinheiro é um patrimônio público de todos, mas que alguns comerciantes utilizam visando apenas interesses individuais. O fluxo na avenida melhorou 99% e é obvio que nem todo mundo aplaudiu essa mudança".
Ainda segundo o secretário, todas as medidas adotadas estão dentro dos princípios de legalidade. "Foi feito também um estudo sobre a implantação do estacionamento rotativo, que não deu certo em lugar nenhum, porque a população não aceita cobranças a mais de tributos".
O vereador-presidente José Carlos Soares Barros (PTB) finalizou a audiência solicitando cópias dos laudos técnicos dos estudos realizados, garantindo aos comerciantes que vai continuar lutando para ajudar o povo que está sendo prejudicado. (Mari Marconccine / Assessoria)