Hemerson Pinto
Três dias depois do incêndio que destruiu parte do depósito de uma empresa do ramo de incineração de resíduos de saúde, um grupo de integrantes da Frente de Oposição Verde à Incineração em Imperatriz visitou a Câmara de Vereadores e levou o mesmo protesto ao Fórum de Justiça Henrique de La Rocque e à sede da Prefeitura. O fogo começou por volta de 5h40 do último dia 05, na área de recicláveis da Ecoservice, localizada no povoado Mãozinha.
Um dos líderes do movimento, Idalécio Gigante, afirma que o grupo formado por moradores e proprietários de terras no povoado não tem ligação com as causas do incêndio. “Lamentamos a forma como a empresa tem se comportado diante do incêndio no interior da Ecoservice no dia 05 do corrente mês. No início acreditávamos que foi acidental. Após a empresa ter se comportado no sentido de jogar responsabilidade para moradores da vizinhança, passamos a assumir um novo entendimento frente a esse incêndio”, declara.
No mês passado, uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores discutiu a atuação da empresa no local onde é instalada. A reunião envolveu vereadores, Promotoria de Meio Ambiente, representantes da empresa e dos moradores do povoado Mãozinha, que se dizem prejudicados com o serviço de incineração.
No dia do incêndio, um dos representantes da Ecoservice falou que o fogo que atingiu materiais recicláveis pode ter sido criminoso. As investigações sobre as causas ainda estão em andamento. A empresa atua há quase três anos em Imperatriz como uma unidade de tratamento que incinera resíduos de saúde, urbanos e industriais e tem a atividade contestada por moradores.
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