Artistas e intelectuais abraçam simbolicamente o prédio pretendido pela classe

Domingos Cezar

O Movimento Cultural de Imperatriz (MCI) ganhou novos aliados em sua luta para conseguir do governo do estado, por intermédio da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o prédio da estação de tratamento de água da Caema, abandonado há cerca de 20 anos.
Desde então, o prédio com ampla área externa ficou entregue à população de ruas, desocupados e marginais, que o utilizam para comercialização (tráfico) e uso de drogas, além de prostituição, pois também funciona como uma espécie de motel. Em face a essa situação, a população do bairro convive com o medo e a violência.
O Movimento Cultural, de acordo com seu idealizador, o promotor da Vara da Infância e da Juventude, João Marcelo Trovão, procurou desde sua fundação a buscar parcerias com outras entidades para colocar em prática suas ações. Recebeu, inicialmente, o aval da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) e da Associação Artística de Imperatriz (Assarti).
Em seguida, o MCI recebeu a parceria da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), por intermédio de seu presidente, o ativista cultural Antonio Mariano Lucena Filho. Ele colocou toda a estrutura da Fundação Cultural a serviço do Movimento, por entender a importância social e cultural da nova entidade.
Foi então que o vice-presidente da AIL, Agostinho Noleto, sugeriu que o Centro Cultural, idealizado pelo promotor Trovão, fosse instalado no prédio da Caema caso o governo do estado reconstruísse o prédio e instalasse o Centro Cultural, com escola de música, sala de cinema e oficinas de teatro, artes plásticas e outras.
O Movimento, em parceria com a Fundação Cultural, produziu o filme “S.O.S. Bairro Caema”, que foi exibido, inicialmente, no Teatro Ferreira Gullar e logo em seguida no bairro da Caema. Dessa feita, na presença da população e do prefeito Sebastião Madeira.
Desde então, o prefeito Madeira abraçou a causa, colocando-se também à disposição dos líderes do MCI nos contatos com a governadora Roseana Sarney. Em face ao alcance do projeto cultural e, principalmente, social, o juiz da Vara da Infância e da Juventude, Delvan Tavares, também abraçou a causa.
Com o objetivo de estadualizar a luta, líderes do MCI estão levando o filme para ser exibido na capital do estado, visando angariar mais aliados para a luta. De acordo com o poeta/cantador Zeca Tocantins, o filme será exibido numa das salas do Laborarte, no próximo dia 19.
O evento contará com presenças dos líderes do MCI, do presidente da Fundação Cultural de Imperatriz, Lucena Filho, e da classe artística e intelectual de São Luís, a qual está sendo convidada por Zeca Tocantins, que está coordenando o projeto na capital.