Domingos Cezar
Um grupo de ativistas culturais de Imperatriz, preocupado com a ausência de políticas públicas que atendam ao anseio da comunidade, gerou um movimento que recebeu a denominação de Movimento Cultural de Imperatriz – MCI. Apesar de ser formado há cerca de um mês, o grupo, que vem se reunindo constantemente na sede da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), já conseguiu algumas conquistas.
Entre estas, a aprovação na Câmara Municipal de um projeto de indicação, de autoria do escritor, poeta e vereador Luis Gonçalves da Costa, solicitando do Governo do Estado a cessão de um prédio de propriedade da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), que encontra-se abandonado há mais de 20 anos, no bairro da Caema. Conseguiu, ainda, uma audiência com o secretário de Estado de Cultura, Luis Henrique Bulcão.
Como se trata de um movimento que cobra também apoio da comunidade de uma forma em geral, as lideranças decidiram pela realização de uma grande manifestação prevista para iniciar às 8h, na Praça de Fátima. O evento contará com apresentação de vários artistas, grupos de teatro, grupos musicais, entre outros. Da Praça de Fátima, os manifestantes se dirigirão para o bairro da Caema, para abraçar, simbolicamente, o prédio desejado.
A propósito, os manifestantes aproveitarão a “festividade” para distribuir um panfleto denominado Manifesto Cultural, onde os líderes expõem para a coletividade os objetivos do Movimento Cultural de Imperatriz. Os panfletos serão distribuídos para as pessoas que transitarem pela Praça de Fátima, no calçadão da Avenida Getúlio Vargas, nas casas comerciais da citada avenida e ruas adjacentes.
Manifesto Cultural – No panfleto os líderes do movimento explicam que, “nas últimas duas décadas, Imperatriz ficou conhecida no Brasil inteiro como um celeiro de artistas que atuam nas mais diversas manifestações artísticas e culturais. Com isso, foi se apagando a imagem de cidade violenta, onde reinou por muitos anos a pistolagem”.
Continuando, observam que “além de artistas circenses, destacam-se músicos, compositores, cantores, atores, literatos, escultores, pintores, entre outros, que cultivam e mantêm as tradições deixadas pelos nossos antepassados, nas áreas da música e dança. Não obstante a essa fartura encontrada na área artística e cultural, a cidade se ressente da falta de políticas públicas culturais, que venham dinamizar esse setor tão essencial na formação cidadã das nossas crianças e adolescentes”.
Observa ainda que “daí surgiu a ideia de criar um grupo formado por pessoas preocupadas em cobrar de todas as esferas governamentais recursos para serem investidos em um centro artístico e cultural que congregue teatro, conservatório musical, biblioteca, salas de cinema, entre outros”.
Continuando, explicam que “queremos que nossas crianças e adolescentes tenham na escola acesso às mais diversas manifestações artísticas, pois entendemos que somente desta forma poderemos afastá-los dos caminhos das drogas e da prostituição”, e concluem: “Se você também pensa assim, junte-se a nós!”.
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