Domingos Cezar
Com a participação de ativistas culturais das mais diversas manifestações culturais e com o apoio da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), Fundação Rio Tocantins (FRT) e Academia Imperatrizense de Letras (AIL), foi criado, na noite da última quinta-feira (6), o Movimento Cultural de Imperatriz, que tem como principal causa a cobrança de políticas públicas para a cultura de Imperatriz e região tocantina.
A reunião foi aberta às 19h15 pelo acadêmico Agostinho Noleto, vice-presidente da AIL, o qual explicou aos presentes sobre a disposição do promotor público João Marcelo Trovão, da Promotoria de Defesa da Criança e do Adolescente, em liderar esse movimento. Noleto observou que o secretário de Estado de Cultura, Luis Bulcão, já esteve em Imperatriz na última terça-feira (4) motivado pela criação desse movimento.
O promotor João Marcelo Trovão lembrou, inicialmente, que as estatísticas apontam nas cidades de Imperatriz e Açailândia um índice muito grande de assassinatos de jovens e adolescentes. Para o promotor, esse índice alarmante acontece porque não há grandes investimentos nas áreas da cultura e do esporte, que segundo ele, são fundamentais para afastar crianças, adolescentes e jovens do caminho das drogas.
De acordo com João Marcelo, os investimentos na cultura de Imperatriz são provenientes apenas dos cofres da prefeitura, o que não é suficiente para que se possa manter uma grande estrutura na área. Ele observou que houve outras reuniões preparatórias, entre estas com a Secretaria Municipal de Educação, visando incorporar as manifestações culturais no currículo escolar.
“As secretarias de Educação (SEMED), de Desenvolvimento Social (SEDES) e a Fundação Cultural de Imperatriz (FCI) já abraçaram esta ideia que é a implantação do programa ‘Escola que Acolhe’”, afirma Marcelo Trovão, observando que esses alunos durante nove anos terão professores especializados nas mais diversas manifestações artísticas, o que lhes proporciona prazer em frequentar a escola.
De acordo com Marcelo Trovão, o grupo vai apresentar ao governo do estado, por intermédio da Secult, um projeto cobrando na parte estrutural a criação de uma escola de música, biblioteca, teatro e um centro cultural. Cobra ainda a participação, no orçamento do governo do estado, a elaboração de um calendário permanente de eventos e uma agenda anual para se discutir os projetos a serem atendidos.
Por sua vez, o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz, Antonio Mariano Lucena Filho, que desde o primeiro momento tem participado das ações do grupo, disse que o município vem fazendo sua parte, realizando tradicionais festejos, a exemplo do carnaval e junino. Para ele, poder contar com a contrapartida do governo do estado vai ajudar a dinamizar a cultura de Imperatriz, colocando-a em local de destaque para o Maranhão e para o Brasil.
Manifestação - Os líderes do movimento desde então estão se movimentando para realizar o lançamento oficial do grupo, com uma grande manifestação popular a realizar-se a partir das 18h do dia 18 de outubro (terça-feira), na Praça da Cultura. Nesta data, todos os grupos artísticos populares, bem como cantores e bandas musicais, se apresentarão no coreto da praça. A comunidade em geral, a partir de então, está convidada.
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