Márcia Fernandes, estudante, faz uso semanalmente dos serviços de vans
Charles Mesquita e Antônio Francisco

Geovana Carvalho

Todos os dias, vinte e quatro vans transportam cerca de mil e quinhentos passageiros entre Imperatriz e Açailândia. Em toda a extensão da calçada (de um supermercado), que serve como terminal para embarque e desembarque de passageiros, o movimento é intenso. Além de pessoas que esperam o horário de saída do transporte - fato que ocorre em intervalos de vinte minutos -, vendedores ambulantes, clientes do supermercado e pedestres disputam o mesmo espaço.
Após o fechamento da antiga rodoviária, grande parte do fluxo de passageiros que precisam deslocar-se para Açailândia passou a fazer o percurso em van.
Antônio Francisco trabalha no transporte alternativo há mais de cinco anos e afirma que, com a mudança da rodoviária para as novas instalações, o número de passageiros cresceu 50%. “A rodoviária é contramão. Fica caro pra sair de lá, o passageiro tem que ir até lá de táxi, e pra cá ele vem até a pé. Lá só vai quem tem que viajar pra longe”, conclui o motorista.
Fazendo a “linha” entre as duas cidades há três meses, o motorista Charles Mesquita comemora os lucros: “Eu gosto do trabalho, o dinheiro tá caindo bem e as viagens estão aumentando”, diz.
A universitária Márcia Fernandes viaja aos finais de semana para a casa da família em Açailândia. Segundo ela, se fizesse a viagem de ônibus, desembolsaria bem mais do que os seis reais que gasta fazendo a trajetória de van: “Pago seis reais até Açailândia. Acho barato, porque só para ir até a nova rodoviária de mototáxi eles cobram cinco reais. Depois que mudou para lá [o terminal rodoviário], fui duas vezes pegar ônibus, mas gastei bem mais. O deslocamento até lá é muito caro”, diz a estudante.
Nesse período do ano, segundo os donos de vans, pelo aumento do fluxo de viajantes, o horário das viagens será estendido até às 20h.