William Marinho
O dia de quarta-feira foi de preocupações e problemas para os usuários de transporte coletivo, os quais tiveram de se virar com o transporte alternativo por conta da paralisação dos ônibus da empresa de transportes Viação Branca do Leste (VBL), promovida pelo Sindicato dos Motoristas dos Transportes Coletivos.
A paralisação por tempo indeterminado é uma reação do sindicato de classe pela resposta negativa da direção da empresa em não atender à proposta de aumento de vinte por cento nos salários dos motoristas e cobradores.
A direção da empresa, através do diretor Denilson Policarpo, informou que não poderia conceder reajuste da categoria diante das imensas dificuldades enfrentadas pela VBL e que já é do conhecimento público.
“Infelizmente, não há como nós atendermos à proposta do sindicato. Estamos vivendo um período de crise no transporte coletivo em Imperatriz, enfrentado não só devido ao transporte clandestino, como a tarifa que é baixa e não atende à planilha de custos”, disse ele.
O dirigente empresarial informou ainda que se for dado o aumento pretendido de 0,20 no preço das passagens, apresentará uma contraproposta de aumento entre 7 a 8 por cento aos motoristas. ‘Já apresentamos a proposta de reajuste neste percentual e caso seja dado, teremos condições de atender com um percentual dentro da realidade econômica”.
Ontem a empresa divulgou nota à imprensa lamentando a paralisação e esclarecendo ainda sobre o não cumprimento da lei com a permanência dos 30% da frota em circulação e de total responsabilidade do sindicato da categoria, que agiu de forma a impedir a saída dos ônibus no início da manhã.
A nota, na íntegra, é a seguinte:
“A direção da empresa VBL lamenta publicamente a paralisação ocorrida pelos Sindicato dos Motoristas do Transporte Coletivo de Imperatriz, nesta quarta-feira (10), paralisação alheia a nossa vontade, e que está provocando um grande prejuízo à comunidade usuária do transporte coletivo.
A VBL informa ainda que o não cumprimento da lei, com a permanência dos 30% da frota circulando, é de total responsabilidade do sindicato da categoria, que agiu de forma a impedir a saída dos ônibus da garagem no início da manhã.
A empresa comunica à população que está adotando todas as medidas, inclusive jurídicas, para garantir a circulação de pelo menos 30% da frota, como é previsto em lei, em caso de greve, até que se resolva o impasse”.
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