Hemerson Pinto
Nada de sair com os ônibus da garagem. A ‘ordem’ do dia foi paralisar atividades e concentrar os esforços na manifestação silenciosa realizada na frente da empresa durante toda a segunda-feira. Os trabalhadores chegaram cedo, como de costume, mas não movimentaram um ônibus. Os motoristas afirmam que estão com salários atrasados e só voltam ao trabalho quando o problema for regularizado.
“Há meses a gente vem trabalhando assim, recebendo apenas vales. Eu não recebi no dia 20 de novembro e nem no último dia 05. Outra coisa é a gente fazer o serviço de motorista e ainda tem que receber o dinheiro, fazendo assim o papel de cobrador, sem ganhar nada a mais por isso”, comentou um dos motoristas que preferiu não se identificar. O mesmo afirmou que a maioria dos motoristas que paralisaram as atividades está na mesma situação.
Desde o início do protesto a direção da empresa se reuniu com o sindicato da categoria para discutir as reivindicações. As propostas apresentadas durante o dia não agradaram a classe, que permaneceu até o final da tarde na frente da empresa, na marginal direita da BR-010. Até o fechamento desta edição os motoristas não haviam encerrado o protesto e aguardavam novo pronunciamento da direção.
Em nota a VBL informou que a paralisação não teve amparo previsto em lei e que o sindicato da categoria foi informado que orientasse os motoristas a retornarem às atividades de transporte de passageiros. Segundo a empresa, as alegações feitas por alguns dos funcionários não foram apresentadas na pauta de acordo coletivo celebrado e julho deste ano junto a Justiça do Trabalho.
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