Hemerson Pinto
O amanhecer da última quinta-feira no Cais do Porto de Imperatriz revelou uma cena triste, principalmente para quem sobrevive da pesca, ou até mesmo barqueiros, que diariamente têm contato direto com o rio Tocantins. Centenas de peixes mortos boiavam entre as embarcações atracadas à margem.
Segundo pescadores e pessoas que frequentam o cais todos os dias, o caso de ontem não foi o primeiro registro. Mesmo assim, quando a notícia se espalhou pela cidade, muita gente aproveitou para visitar o local. No mês passado, segundo um barqueiro, foi possível notar peixes mortos no rio mais de uma vez.
À tarde, nossa reportagem procurou o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente em Imperatriz, mas no momento não havia ninguém habilitado a falar sobre o assunto. Ainda no Cais do Porto, um pescador com 41 anos de profissão arriscou que os peixes mortos vieram das águas do Riacho Bacuri.
“É de lá que eles saem e vêm trazidos pela água para cá até ficar enganchados nas canoas aqui no cais”, diz o homem, que se identificou como Edmilson. Segundo ele, a causa da mortandade pode ser resultado da poluição, que é realidade nos riachos de Imperatriz. “Com a falta de oxigênio, eles morrem e são carregados pela água”.
O pescador apontou os peixes identificando cada espécie: “No meio desses peixes mortos há mandi, piaba, pacu, curimatá e piabanha, todos pequenos. Acredito que morreram atingidos por produto químico jogado no riacho”, lamenta o pescador.
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