Hemerson Pinto
A história parece a mesma contada durante anos, principalmente em períodos de campanhas eleitorais, quando dezenas de candidatos a cargos públicos já usaram a Estrada do Arroz como discurso e palanque. Somente quando os moradores dos povoados ligados pela estrada viram a obra sair do papel acreditaram que o sonho fica a cada dia mais perto da realidade.
Os primeiros sinais foram as máquinas operando no serviço de terraplanagem. Começou a partir do asfalto que parou na rotatória que leva à fábrica de papel e celulose. Logo os moradores das pequenas vilas que surgem no caminho e de povoados maiores, como Olho D’Água dos Martins, viram a terra ser remexida para mais tarde receber o asfalto prometido, que ainda deve demorar.
“Demora, mas vai chegar, e quando chegar é de qualidade, com toda a estrutura que foi prometida. Pontes de concreto, uma estrada que terá de ser segura, bem feita e dure muito para compensar tudo o que já passamos até hoje”, declara a presidente do Fórum de Defesa da Estrada do Arroz, Maria de Lourdes.
A moradora do povoado Olho D’Água é firme ao atestar que a estrada será construída como foi prometida. “Foram anos e anos de luta até a criação do Fórum. Ficamos mais organizados e conseguimos contatos importantes durante essa luta até um dia ver a ordem de serviço ser assinada e as máquinas começarem a trabalhar”, disse.
Segundo Maria de Lourdes, que fiscaliza os trabalhos junto aos representantes de várias classes que compõem o Fórum de Defesa, as obras não pararam em nenhum momento, e a princípio são intensificadas entre os povoados Coquelândia e Petrolina, onde a terraplanagem está sendo completada. “O movimento de máquinas é grande por aqui”, comemora.
A ordem de serviço para a construção da MA-386, conhecida como Estrada do Arroz, foi assinada na gestão do ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Luís Fernando, no mês de fevereiro de 2014.
A obra, que vai beneficiar principalmente pequenos e grandes produtores rurais, prevê a pavimentação de toda a via, cerca de 60km, construções de pontes de concretos sobre os riachos, substituindo as de madeira, drenagem superficial e profunda, galerias e meios-fios. O custo deve girar em torno de R$ 47 milhões.
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