A semana começou com o rio Tocantins recuando e permitindo o retorno dos moradores à zona ribeirinha, o que começou a ser feito ainda na tarde da última terça-feira, quando lojas, lanchonetes, posto policial e pontos de táxi e mototáxi voltaram a funcionar, acompanhando o retorno da balsa ao porto da Rua Luís Domingues.
Na tarde de quarta-feira, a Defesa Civil providenciou a mudança das famílias que foram levadas na semana passada para o alojamento improvisado no Parque de Exposições. Ontem, o rio Tocantins apresentou nas primeiras horas nível de 3,72m acima do normal. Redução de mais de 1m se comparado ao dia anterior.
A queda no volume de água deu mais tranquilidade ao órgão responsável pelo monitoramento dos efeitos das vazões de hidrelétricas durante a chegada da água às margens imperatrizenses. Ontem, a Defesa Civil também anunciou redução na vazão da hidrelétrica de Estreito chegando 5.858 m³ de água por segundo com previsões de queda para 5.812 em 24 horas (prazo contado até a manhã desta quinta-feira) e para 5.384, que deve ser alcançado até a sexta-feira, 05 de fevereiro.
Com a queda das vazões, o nível do rio tende somente a reduzir. Novas enchentes só aconteceriam, segundo a Defesa Civil, no caso de sequências de chuvas fortes nas regiões das barragens de Lajeado, Serra da Mesa e Estreito, o que não é esperado pelos sistemas de monitoramento destas hidrelétricas.
Aquelas famílias que saíram de casa durante a enchente sem precisar do auxílio da Defesa Civil retornaram aos poucos ainda na manhã e tarde de terça-feira. “Eu tive só o trabalho de lavar, tirar a lama e trazer os móveis. Vou precisar fazer uma reforma na pintura, mas isso vai ficar mais para frente”, afirmou a dona de casa Rosimar.
O barqueiro Elias mora há 40 anos na região do Porto da Balsa e passou por 37 enchentes. Desta vez, levou os móveis e utensílios para a casa de um amigo no Centro e ficou visitando a casa usando o barco para navegar pelas ruas inundadas. “Agora é hora de voltar. Pode ser que o rio ainda volte a subir, mas acho difícil. Não dá é para ficar ocupando a casa e a paciência dos outros”, disse, enquanto retirava algumas coisas do carrinho de mão. (Hemerson Pinto)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15524
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