Hemerson Pinto
O movimento realizado na manhã de ontem, na entrada para a fábrica de papel e celulose, na Estrada do Arroz, não foi planejado pela entidade que reúne moradores de todos os povoados ligados pela via, que leva de Imperatriz a Cidelândia, também no Maranhão. Desta vez, o Fórum do Desenvolvimento e Cidadania da Estrada do Arroz foi deixado de lado e até a presidente foi expulsa do protesto.
O Fórum até esteve presente, depois que soube, já de última hora, sobre a manifestação, mas nem mesmo a faixa de apoio ao movimento aleatório teve espaço para ser exibida. Mesmo assim, os moradores que protestavam, se apresentando como habitantes dos povoados Petrolina e São Félix, conseguiram a garantia de ver a obra de asfaltamento ser iniciada em até 20 dias.
“Eu soube por terceiros que iria acontecer o movimento e sair de casa (povoado Olho D’Água dos Martins) quase 4h da manhã, de moto com meu esposo. Fomos para a rotatória da Suzano. Quase cinco horas chegaram os ônibus e vans com os moradores de Petrolina. Quando foi pendurar a faixa do Fórum, para apoiar o protesto, fizeram eu retirar, por duas vezes”, conta a presidente do Fórum da Estrada do Arroz, Maria de Lurdes.
A líder do movimento, criado há mais de dois anos, formado por estudantes, religiosos, professores, quebradeiras de coco, donas de casa, idosos, apoiado por jornalistas e advogados, disse que, mesmo vendo a entidade rejeitada, não virou as costas e ficou de longe a observar.
Por volta de 10h, os manifestantes abriram espaço para os trabalhadores da empresa seguirem às instalações da fábrica. Antes, alguns desentendimentos até chegarem ao acordo.
“Ficou certo que na tarde de ontem seria iniciada a recuperação, mesmo de forma paliativa, do trecho da estrada entre São Félix e Petrolina. As péssimas condições de local geraram esse protesto. O representante da empresa que vai fazer a obra disse que o serviço definitivo inicia em 20 dias”, disse uma das lideranças de comunidades da Estrada do Arroz, Sandra Barbosa.
Desde a semana passada que moradores dos povoados da Estrada do Arroz reclamam a demora no início da obra de asfaltamento, já anunciada. A situação ficou mais crítica quando veículos ficaram sem condições de trafegar entre São Félix e Petrolina, onde uma ladeira ficou praticamente cortada por buracos, além da lama que virou atoleiro.
A ocupação da rotatória de acesso à Suzano foi uma estratégia dos manifestantes para chamar atenção das autoridades competentes, e quem sabe obterem resultado mais rápido.
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