Após desocuparem uma área na qual permaneceram durante dez dias, moradores do Parque Amazonas marcaram para ontem uma visita na Câmara de Vereadores de Imperatriz. Até a última segunda-feira, 110 famílias daquele bairro aguardavam decisão judicial, expedida ainda na manhã do mesmo dia, para saberem se ficariam ou teriam de sair do terreno onde pretendiam construir residências. A decisão foi contrária à vontade do grupo, pois a área foi reconhecida como pertencente à Fundação Nacional do Índio - Funai.
À Câmara os moradores do Parque Amazonas levaram cartazes e falas pedindo soluções para diversos problemas que, segundo eles, provocam transtornos diariamente. “Viemos reivindicar assistência. Essas pessoas que estão aqui são carentes, não têm casa [própria] para morar. Tinha uma área aberta abandonada há alguns anos, nós entramos e veio uma ordem dizendo que deveríamos sair porque a área era indígena”, afirma um dos representantes da comunidade, Expedito Delmondes.
Reforçando, o morador disse que a área, antes pretendida pelas famílias, estava abandonada, “servindo para encontro de marginais”. Outro problema no bairro, segundo Expedito, “é a falta de água. Nós não temos água”, garante. A fala foi complementada pela dona de casa Maria de Sousa Oliveira: “A maior dificuldade que enfrentamos é a falta de água”.
A Tribuna Freitas Filho foi usada pelos representantes dos moradores do Parque Amazonas, entre eles o senhor Itamar, que esteve à frente do movimento que permaneceu por dez dias no terreno com pouco mais de 2000 m². Itamar também discursou sobre as dificuldades presentes naquela comunidade. Os vereadores ouviram e alguns se mostraram solidários à causa dos moradores. (Hemerson Pinto)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14815
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