Hemerson Pinto
Na matéria intitulada ‘Areia, paralelepípedos e pedaços de asfalto’, publicada no dia 16 de julho em O PROGRESSO, moradores de famílias tradicionais da Avenida Frei Manoel Procópio contaram detalhes da história da primeira rua de Imperatriz. Além de reclamarem o desconhecimento da população quanto ao verdadeiro nome da avenida (ainda chamada de Rua 15 de Novembro), demonstraram o interesse pelo complemento do canteiro central, que encerra no cruzamento com a Rua Gonçalves Dias (sentido Centro/Nova Imperatriz).
O desejo de moradores como o aposentado Olímpio Bandeira e o médico oftalmologista Mário da Rocha Cortez é presenciar a divisão da avenida por um canteiro central no trecho entre as ruas Gonçalves Dias e Avenida Santa Teresa. Mário revelou que antigamente o trecho em questão ganhou divisão por árvores. Eram mangueiras que separavam a avenida em duas vias. “Não havia canteiros, eram apenas mangueiras. Lembro que tinha um coqueiro (...)”, disse em parte da entrevista.
Segundo a professora aposentada Domingas Paixão, as mangueiras citadas na fala do médico foram cortadas anos mais tarde durante a administração do ex-prefeito Pedro Guarda, para a construção de uma galeria de águas feita em pau a pique. Projeto que não deu certo.
Com o objetivo de incentivar o poder público a construir o canteiro central na área restante da avenida, aproximadamente 500m, moradores realizaram um abaixo assinado com assinatura de membros das famílias que habitam a Frei Manoel Procópio e de pessoas interessadas em conservar características da rua que detém o título de ‘setor velho’ da cidade de Imperatriz. Parte do documento que reuniu 124 assinaturas também foi publicada na página 06 do caderno 2 de O PROGRESSO.
O texto do abaixo assinado direcionado ao prefeito Sebastião Madeira diz que a Avenida Frei Manoel Procópio “(...) levando em consideração que a mesma deveria ser o cartão postal mais importante de nossa cidade, pois ela se constitui como marco inicial da história de Imperatriz e em razão do lastimável estado de conservação em que a mesma se encontra, vimos solicitar de V. Exª que determine a revitalização em toda a sua extensão e construção de canteiros da referida rua, no sentido Assembleia de Deus/Unimed”.
Na mesma reportagem apresentamos a opinião do secretário de Infraestrutura do Município, Roberto Alencar. “Precisamos fazer um estudo técnico para saber se a extensão do canteiro daria para manter duas pistas de rolamentos com o mínimo de sete metros de largura. Já na frente (onde a população quer o canteiro) temos que fazer um estudo para ver se tem largura para isso. Não podemos fazer uma pista estreita. Com menos de sete metros fica a impossibilidade de passar um carro por outro”, justificou.
Estudo
O estudo técnico foi adiantado por um grupo de moradores que contratou os serviços de empresa que durante alguns dias realizou medições no local. A conclusão é publicada no mapa que ilustra esta matéria. Segundo a planta topográfica, o trecho onde a população requer a continuidade do canteiro tem exatos 485 metros. No quarteirão entre a Rua 13 de Maio e a Avenida Santa Teresa, a largura varia entre 14,04m e 14,46m. Com o desconto do canteiro com largura de 1m, as duas faixas ficariam com larguras que iriam de 6,51m a 6,70m.
No setor entre as ruas 13 de Maio e Gonçalves Dias as medidas são as seguintes: a largura total da pista vai 14,14m a 14,84m. Para o canteiro central com 1m de largura, as duas faixas possuiriam entre 6,39m a 6,52m.
Insuficiente? É exatamente isto que a população que defende a divisão do trecho em questão quer saber, levando em consideração a média de 6,90m das faixas dividas pelo canteiro já construído na Avenida Frei Manoel Procópio.
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