Famílias participam da festa dos 20 anos do assentamento Água Boa, em Montes Altos

Montes Altos – A festa em comemoração aos 20 anos de fundação do assentamento Água Boa, situado a 3 km da área urbana, aconteceu nesse domingo (7) em Montes Altos. São 35 famílias remanescentes do antigo povoado Quiosque, que ficava às margens da MA-280, na área da reserva indígena Krikati.
 Antônio Conceição, que mora desde a criação do assentamento, observa o esforço do vereador Nilton Paixão Gomes, o Nil Gomes, empreendido nestas duas décadas para viabilizar melhores condições de vida aos moradores do Água Boa.
“Essa área representa um avanço para todos os moradores, porém ainda enfrentamos dificuldades em relação à instalação de uma rede de abastecimento de água potável, pois dispomos apenas de um poço tipo cacimbão que não oferece água de qualidade para o ser humano”, cita.
Nil Gomes, o primeiro presidente da Associação de Produtores da Água Boa, lembra que o povoado tinha o nome de “fantasia” de Quiosque, mas desde sua fundação era conhecido como Água Boa. Na época, moravam na localidade mais de 130 famílias de Montes Altos. “Fundamos em 17 de fevereiro de 1994 essa entidade que concentra atualmente 35 famílias; em 2000 morávamos no povoado, assim como vários amigos, onde acabamos sendo desapropriados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
“Em outubro de 2000 fui eleito vereador e, posteriormente, presidente da Associação de Moradores da Água Boa, onde trabalhamos incansavelmente para que conseguíssemos reassentar essas famílias que haviam sido expulsas da área”, disse ele, ao lembrar que na época o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, não dispunha de área suficiente para realocar todas as famílias que tinham sido despejadas do povoado Quiosque por decisão judicial.
Ele argumenta que, por intermédio do programa Banco da Terra, os posseiros conseguiram adquirir uma gleba de terra para reconstruir moradias e iniciar o processo de produção agrícola e de criação de animais no assentamento Água Boa. “Essa área não foi doada, essas famílias pagam a prestação da terra para ter o direito de morar nessa área nestes últimos 12 anos em que foram remanejadas”, concluiu. [Gil Carvalho – Da Assessoria]