Marlene Santos, presidente Assoc. Moradores da Beira Rio

Domingos Cezar

As pessoas que foram atingidas pela enchente do rio Tocantins, no último final de semana, sofreram enormes prejuízos com a perda parcial e total de móveis e eletrodomésticos, como armários, guarda-roupas, geladeiras, camas, sofás, fogões, enfim, vários objetos de uso doméstico. Tanto os moradores quanto a Defesa Civil foram pegos de surpresa com a rapidez das águas.
Residente na Rua Nova, bairro Beira-Rio, Marciana Neves Barbosa encontra-se instalada com a enorme família em um dos barracões do Parque de Exposição. A dona de casa disse que percebeu a chegada inusitada das águas por volta das 7h do último domingo. “Duas horas depois, a casa tinha sido completamente invadida pelas águas”, afirma.
Marciana Barbosa disse que não teve tempo de retirar todos os móveis e eletrodomésticos de dentro da casa. “Nossa sorte foi que a Defesa Civil agiu rapidamente conseguindo retirar todos nós com alguns pertences”, disse Marciana. Ela lamenta a falta de água potável no Parque de Exposição, mas garante que já tem energia, bem como recebeu cesta básica da Prefeitura.
Moradora da Rua Luis Domingues, Beira-Rio, Maria Milca Conceição Oliveira também encontra-se instalada com a família em um dos barracões do Parque de Exposição. Maria Milca afirmou que não conseguiu tirar todos os móveis de dentro da casa. “A enchente foi tão rápida que fizemos a mudança de canoa e da margem do rio foi que a Defesa Civil nos trouxe até aqui”.

Indenização

Quem também estava indignada com essa situação era a senhora Marlene Bento dos Santos, presidente da Associação dos Moradores da Beira-Rio. Ela garante que sofreu enormes prejuízos com a perda de vários móveis e eletrodomésticos de sua residência. “A gente compra as cosias com enorme dificuldade, para ver tudo se perder de uma hora para outra, não é fácil não”, afirma Marlene.
A presidente da associação de moradores pediu apoio da prefeitura e da Fundação Rio Tocantins, bem como de outros órgãos e entidades, com a finalidade de mover uma ação indenizatória contra o Consórcio Estreito Energia (CESTE). “A primeira irresponsabilidade desta empresa foi ano passado com a mortandade de peixes, agora provoca essa enchente sem ao menos avisar o órgão que cuida dessa questão, no caso a Defesa Civil”.