Empresários do segmento de lingerie em Imperatriz comemoram o bom momento do setor. Quem antes revendia peças íntimas em casa, com determinação já consegue hoje ter fabricação e empresa própria. É o caso do empresário Olívio Martins, que viu aos poucos seu empreendimento crescer e ingressar em um mercado cada vez mais competitivo em Imperatriz e região Tocantina. “Começamos em casa vendendo apenas para sacoleiras. Depois ganhamos um box na feira de Porto Franco e abrimos uma loja em Imperatriz. Depois, decidi expandir os negócios e coloquei um ponto em Campestre”, comenta.
Segundo o empresário, 90% dos produtos vendidos pela empresa têm fabricação própria. Com o talento da esposa, que trabalha há mais de dez anos no setor, e o auxílio de 11 funcionários, a fábrica do investidor Olívio Martins confecciona aproximadamente 7 mil peças por mês.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário e Confecção de Roupa da Região Tocantina (Sindicorte), José Almir de Sousa, o segmento de moda íntima em Imperatriz cresceu cerca de 40% em 2012. “O aumento das fábricas de peças íntimas na cidade é resultado da migração dos profissionais que antes produziam roupas e agora fabricam peças íntimas”, revelou.
Apesar do bom momento, os empreendedores do setor de moda íntima sentem dificuldade em encontrar mão-de-obra especializada na região. Para eles, esse é um dos maiores desafios na hora de montar ou expandir os negócios. “Não existe mão-de-obra qualificada! Quando alguém sabe, prefere trabalhar por conta própria. Os nossos funcionários, nós tivemos que ensinar para manter a produção que temos hoje”, completa Olívio Martins.
Consumidores – Nas lojas a procura pelos produtos é intensa e a exigência por qualidade é um dos principais questionamentos dos consumidores na hora de comprar alguma peça. Edvânia Silva é atendente há 4 anos em uma empresa especializada em lingeries femininas e masculinas, e ela garante que o público feminino lidera as compras, principalmente as interessadas em revenda. “Como o preço é diferenciado, isso chama muito atenção, principalmente das mulheres empreendedoras. Além disso, esse tipo de produto vende fácil, o que também atrai os homens a investirem no setor”, afirma a vendedora.
A comerciante Maria Francisca, além de comprar produtos para consumo próprio, aproveita os preços baixos para comprar mais peças para revender. “Se eu comprar mais peças sai mais barato e eu ainda posso revender ganhando bem, vale a pena investir”, enfatiza a comerciante. (Thays Assunção)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14640
Comentários