O Governo da Presidente DILMA entrará para a história como o recordista no número de ministérios para agradar a sua base de sustentação política com a criação de milhares de cabides de emprego. E o povo vem pagando este desperdício do erário público que somente agora passou a ser reconhecido, até por ela mesma.
Onde estão os caras-pintadas que foram decisivos para o impedimento do Presidente Collor? Será que somente o PT tem capacidade de mobilizá-los? Eles até têm participado dos movimentos contestatórios mas em número reduzido e sem a mesma contundência de 1992.
Existem nada mais nada menos do que 39 ministérios e nem a chamada “elite branca” tem condições de nominar seus titulares que entrarão e sairão do governo, na sua maioria, sem serem conhecidos pelo povo.
Nem em países ricos existe tanto desperdício!
Será que os Ministérios da Pesca, da Comunicação Social, dos Portos, da Aviação Civil, das Mulheres, da Igualdade Racial, da Micro e Pequena Empresa, das Cidades e outros tantos, juntos, são mais importantes do que o da Amazônia, por exemplo, cuja missão precípua seria a de preservar os nossos recursos naturais estimados em 23 trilhões de dólares, propiciar a sustentabilidade da região e garantir a Soberania Nacional contra a cobiça internacional?
Convém registrar que os ministérios ociosos abrigam centenas de cargos gratificados, sem concurso público, mobiliados por indicações de políticos da base aliada, exigindo dispendiosos gastos nas modificações do layout da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nas contas dos serviços públicos, nas mordomias e muitas outras despesas supérfluas.
Além disto, de 2003 a 2013, a máquina administrativa federal teve um crescimento aproximado de 144 mil servidores públicos
Por que a Presidente DILMA, que hoje reconhece este exagero, não cogitou a redução ministerial no seu governo anterior e, principalmente, antes das eleições de 2014? Nenhum ajuste fiscal pode dar certo sem que seja feito o dever de casa. Os indicadores econômicos são cada vez mais preocupantes e a população - principalmente a de menor renda - pagará muito caro por isto.
Está na hora de apertar o cinto, mas o exemplo deve vir de cima. Até quando?
DIÓGENES Dantas Filho é Coronel R1 do Exército Brasileiro, Doutor em Planejamento e Estudos Militares, Forças Especiais, Consultor de Segurança, Cidadão Imperatrizense e Ex-Comandante do 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50º BIS).
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