Agostinho Noleto

Não é fácil refletir sobre o Dia dos Pais, diante do festejado Dia das Mães. Parece que a figura do pai fica em segundo plano, se comparado com o amor materno, cantado como a forma de amor mais verdadeiro entre os humanos. Se não podem concorrer com o verdadeiro culto ao sublime amor materno, resta aos pais destacar a paternidade responsável, que não se restringe aos deveres de provedor da família, mas na missão de educação da prole, razão do merecimento do dia que lhes é consagrado.
Se você, pai, se alegra com presentes oferecidos pelos filhos, saiba que outros, bem maiores, você já recebeu e muitas vezes não se apercebeu, pois eles estão embutidos no papel diferenciado de ser pai. Há que exaltar, neste dia, a figura paterna como educadores dos filhos, desde a mais tenra idade e ao longo da vida.
Estou falando do caráter que pais inculcam aos filhos e é determinante na formação de crianças e jovens felizes, e de homens e mulheres em plena realização de suas vidas. A alegria sem medida que a consciência desse dever proporciona é o primeiro presente que os pais recebem neste dia.
O segundo presente é o resultado da marca do caráter: a realização pessoal e profissional daqueles que Deus confiou aos cuidados paternos. Inteligências bem trabalhadas pela educação e formadas pelo bom caráter são garantia de realização dos filhos e desvanecimento de seus pais.
Para descobrir que você, pai, tem recebido essas duas dádivas no Dia dos Pais, que transformam os mimos adquiridos nas lojas em pálidos presentes que te fazem abrir sorrisos e correr para o abraço, é observar se tua figura paterna é capaz de produzir nos filhos e filhas o respeito gerado pela percepção da integridade de caráter adquirida em casa e pelo sucesso nos estudos, na vida profissional e social.
Que não me faltem cumprimentos neste Dia dos Pais, mas presentes... Esses eu já os recebi. Estão guardados no fundo da minha alma e são os que realmente contam.
Feliz Dia dos Pais - 9 de agosto de 2015.