Ao final do fórum, uma mesa redonda foi formada para apresentar e receber propostas que serão encaminhadas na próxima semana à Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sepluma). Elas são frutos do debate e têm como finalidade colaborar com ideias para que o governo municipal possa trabalhar a questão ambiental com mais profundidade e conhecimento.
Jocemar Silveira, considerado um expert no assunto, sugeriu que a prefeitura implante com urgência a coleta seletiva do lixo, bem como a eliminação do lixão. Orientou que resíduos orgânicos se transformem em biogás, que material de construção seja triturado e refeito, bem como a reforma de móveis que podem ser reutilizados, planejar na área rural projeto de piscicultura, bem como trabalhar a educação ambiental com a mudança de cultura e hábitos.
O professor Jorge Diniz (UEMA) sugeriu à Prefeitura criar uma agenda ambiental (compromisso de governo) e trabalhar os projetos ambientais em toda sua plenitude. O professor José Costa Alencar (IFMA), por sua vez, sugeriu mais atenção à agricultura sustentável para que, segundo ele, possa se produzir alimentos da melhor qualidade para o consumidor.
O ambientalista Domingos Cezar sugeriu a transposição do riacho Bacuri para o riacho Cacau, bem como revitalizá-lo antes que ele também pereça. Sugeriu ainda a revitalização dos riachos Capivara e Santa Tereza, bem como a limpeza das margens do rio Tocantins em toda a extensão do município de Imperatriz.
A microempresária e ativista social Edna Monteiro sugeriu a implantação de pontos de recepção de lixo para sua recitação; fazer campanhas pela coleta seletiva do lixo e incentivar a diretoria da Associação dos Catadores (ASCAMARI) a vender o lixo reciclado diretamente aos interessados, sem a interferência de atravessadores. Ela cobra ainda atenção à educação ambiental, bem como a arborização de toda a cidade.
O professor Francisco de Assis Gomes, de Senador La Rocque, sugeriu a mecanização de terras, trabalhar com produtos orgânicos na agricultura familiar e investimento em máquinas agrícolas em parceria com os órgãos e bancos de fomento. Cássia Cristina, da Vila Vitória, sugeriu a abertura para empresas locais no processo de licitação para os serviços de coleta de lixo.
O técnico agrícola José Antonio de Sousa sugeriu a criação de programas visando garantir produção alimentar com sustentabilidade e criar em cada bairro associação de catadores. O diretor do SINDSEP, José Maria de Andrade, de São Luís, sugeriu que se fizesse um relatório dos debates e propostas do fórum para ser encaminhado para todas as instituições que participaram do conclave.
A promotora Gisele Cunha, da Vara de Defesa do Meio Ambiente, sugeriu um estudo técnico para comprovar se a área do lixão era propícia para a implantação de um aterro sanitário; que a Sepluma exerça o poder de polícia no cumprimento da lei de licença ambiental, a revitalização da Beira-Rio, bem como a instalação de uma delegacia especializada ao combate de crimes ambientais. (Domingos Cezar)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14422
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