O pagamento total da gestão passada às Limp Fort e Brasmar, "mãe" e "filha", sem nenhuma correção, somam exatos R$ 103.166.498,62
A diferença, para menos, que vai ser aplicada pela gestão de Assis Ramos projeta uma economia mensal muito acima dos R$ 200 mil

Em 2016, passava dos R$ 2.120.000,00 a conta mensal da Prefeitura de Imperatriz com a Brasmar, empresa paraibana que recolheu o lixo da cidade nos últimos quatro anos da gestão passada, depois de suceder a Limp Fort, dos 4 primeiros anos da mesma administração. Brasmar era uma espécie de "empresa-filha" da Limp Fort (consta que a dona de uma é filha do dono da outra). As duas atravessaram os dois mandatos de um mesmo prefeito, sem serem licitadas. O ex-prefeito agora está inelegível, porque contratou serviço de coleta de lixo sem licitação.

Uma nota do ex-prefeito de Imperatriz, publicada ontem, quis desmentir informações prestadas por esta ASCOM, reduzindo a conta do lixo da sua gestão a uma cifra próxima aos R$ 69 milhões, como se nos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012 a Prefeitura não tivera pagado por esses serviços. Pagou, sim, e foi para a Lim Fort, "mãe" da Brasmar, outra quantia muito próxima da que foi declarada.
A nota de "desmentido" diz, ainda, que não foram 100 meses de gestão, mas "apenas" 96. Nisso ela está certa. A ASCOM só arredondou por aproximação para facilitar um raciocínio lógico de compreensão, mas fica a correção, com o pedido de desculpas.
O pagamento total da gestão passada às Limp Fort e Brasmar, "mãe" e "filha", sem nenhuma correção, somam exatos R$ 103.166.498,62 - isso porque a conta de dezembro, de mais de R$ 2 milhões, nem foi paga nem ficou provisionada, caso contrário a soma total teria passado dos 105 milhões. Acrescente-se a esses valores uma fatura de R$ 3.648.888,33 paga à Marquise S/A, que era a empresa licitada para esse serviço encontrada pelo ex-prefeito, dispensada logo no começo do primeiro mandato, para dar lugar à não licitada Limp Fort.
A conta mais atualizada dos gastos reais da prefeitura de Imperatriz, da forma como vinha sendo feita, extrai-se com base nos números de 2016, que não se reduziriam se a atual gestão não decidisse pela licitação para contratação de equipamentos, e assumir ela própria a gestão do lixo.
Em 2016, a gestão passada pagou à Brasmar R$ 23.327.808,13 - deixando a conta do mês de dezembro "pendurada" para a atual administração. Portanto, a média da conta do lixo chegou, ao final da ex-gestão, em R$ 2.120.709,83 por mês (que são os mais de R$ 23 milhões divididos por 11 meses). Projetando-se esses valores para os 96 meses da administração anterior, e considerando-se que eles eram justos, chegamos aos valores de mais de R$ 200 milhões citados na matéria anterior desta ASCOM.
A diferença, para menos, que vai ser aplicada pela gestão de Assis Ramos, projeta uma economia mensal muito acima dos R$ 200 mil ditos na matéria anterior. O dinheiro que vai sobrar, com esse serviço licitado, vai dar não para apenas duas escolas novas por ano. Talvez para três ou, quem sabe, até mais. (ASCOM/PMI)