Balançador faltando um pedaço prejudica diversão das crianças

Hemerson Pinto

“Falta de consciência, principalmente por parte de adultos que deixam as crianças fazerem como bem entendem nos aparelhos de ginástica que deveriam ser usados simplesmente para este fim, por quem quer realmente fazer exercícios. Mas o que vemos são até mesmo adolescentes, na faixa dos 13, 14 anos, usando de qualquer forma sem se importar com a integridade dos aparelhos”, comentou o balconista Geraldo Oliveira.
Ele utiliza os equipamentos de ginástica da Praça Mary de Pinho nos exercícios do início da manhã todos os dias e afirma que sempre tem “um parafuso folgado e, como se não bastasse, já tem equipamento quebrado. Um desses que a gente usa para trabalhar pernas não movimenta mais de um lado, só funciona 50%. De outro, que a gente usa para trabalhar braços e pernas até duas pessoas poderiam usar ao mesmo tempo, uma de frente para outra. Agora não dá mais, a peça do outro lado sumiu. E assim, se não for feito algo, vai acabar antes do Natal. A Prefeitura pode é repor, mas eles danificam”, declara.
O balconista acrescentou que durante o dia, em horários que não são propícios a atividades físicas naqueles equipamentos por causa da temperatura muito alta, “tipo 1h, 1h30, 2h30 da tarde, se você passar ali tem grupinhos de adolescentes usando tudo de qualquer jeito. O resultado eu e outras pessoas que precisamos daquilo ali para uma questão de saúde vemos na hora de praticar exercícios”.
Além dos equipamentos de ginástica que já estão danificados na Praça Mary de Pinho, inaugurada no centro da cidade há pouco mais de um mês, no parquinho destinado à garotada, os brinquedos começaram a receber reparos ainda na primeira semana. No último domingo, faltava um pedaço de um balançador de madeira, o que impedia a brincadeira por completo. A rampa do escorregador também estava empenada e alguns parafusos folgados da casinha de acesso à rampa para escorregar na direção da areia.
“Não é falta de cuidado, tem gente zelando, mas falta compromisso das pessoas com aquilo que é de todos nós. Para que seu filho possa desfrutar do brinquedo, meu filho precisa deixar do jeito que encontrou. E eu, como pai, tenho de fiscalizar a brincadeira dele e observar para que não danifique nada, mas infelizmente não funciona assim”, disse o panificador Cláudio Ribeiro.
Segundo Cláudio, até pessoas adultas já foram vistas usando os balançadores do parque infantil e sem se importar nem mesmo com as reclamações do vigilante do local.
“A Prefeitura, ouvi isso da boca do secretário de Infraestrutura, vai reformar a Praça da Cultura e torná-la tão agradável quanto a Praça Mary de Pinho. Mas é preciso que as pessoas tenham consciência, educação”, comentou Cláudio.