O rastro de destruição na mata ciliar da Beira Rio
A erosão provocada nas proximidades pela derrubada da mata ciliar

O diretor-conselheiro da Fundação Rio Tocantins – Memorial do Pescador, jornalista e ambientalista Domingos Cezar, foi informado e constatou na manhã dessa terça-feira (4) o rastro de destruição da mata ciliar da Beira Rio. A vegetação foi queimada e algumas árvores frondosas de ingazeiras e faveiras também foram atingidas pelo fogo.
Pelo que o ambientalista foi informado, o incêndio criminoso ocorreu na segunda-feira (3), durante o dia, “mas ninguém que por ali passou ou trabalha, como alguns ambulantes, se preocuparam em pedir socorro ao 3º Grupamento do Corpo de Bombeiro para que apagasse o fogo antes que ele se alastrasse por cerca de mais de 300 metros.
De acordo com Domingos Cezar, a quantidade de folhas secas das árvores e o vento geral que sopra na beira do rio durante o dia colaboram com a propagação do fogo. Ele acredita que o incêndio criminoso pode ter sido praticado por usuários de drogas, os quais, diariamente, utilizam aquele espaço na margem do rio para se drogarem.
“Por outro lado, pode também ter sido causado por pessoas que pretendem limpar a área para se estabelecerem com vendas de bebidas ou coisas do gênero”, afirma Domingos Cezar, que esteve no local e verificou uma grande varredura, deixando transparecer que a vegetação foi limpa com essa finalidade.
A preocupação do ambientalista, além da derrubada da mata ciliar, é porque, sem a devida cobertura, a margem do rio fica exposta a erosão, com a chegada do inverno e a enchente que acontece todos os anos, de pequena ou grande proporção. “A poucos metros da área devastada, uma erosão ocorreu causando prejuízo a quem contratou a empresa construtora que trabalha na Beira Rio”, afirma.
“Eu só não entendo como é que uma coisa dessas acontece nas “barbas” dos órgãos governamentais que têm como objetivo defender o meio ambiente, a exemplo da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e o próprio IBAMA, cuja sede se encontra menos de 800 metros da área que foi devastada”, lamenta e denuncia o ambientalista. (Assessoria/FRT)