Integrado por jornalistas, professores, profissionais liberais e líderes classistas, surge mais um movimento de luta pela criação do Maranhão do Sul, um desejo dos maranhenses desse lado do Estado que já tem quase 200 anos e que agora passará a ter a Associação Pelo Desenvolvimento da Região Tocantina e do Maranhão do Sul (Adermasul) como uma das suas colunas. A primeira reunião de trabalho para o nascimento da entidade ocorreu na noite da última terça-feira, 31, na sala de reuniões da Vieira Advogados.
Convocada pelo jornalista Josué Moura, a primeira reunião contou com a presença do empresário e liderança maçônica Fernando Antunes, presidente do Comitê Pró-Maranhão do Sul, entidade que num tempo recente chegou a realizar vários eventos, no Maranhão e em outros estados, defendendo a causa.
Além de Antunes, participaram da primeira reunião os jornalistas Elson Araújo e Domingos Cezar; o advogado Oziel Vieira, o representante comercial George Marinho, o líder associativista Aluízio Melo, a militante social Maria da Conceição Silva, o professor e ex-vereador Esmerahdson de Pinho, a jornalista e professora Silvanete Gomes, o administrador de empresas Cícero da Silva, o presidente do Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas, Josué Silva Aquino, o fotografo José Nilton e a ex-secretária municipal da Mulher, Conceição Formiga.
Antes de apresentar a pauta da reunião, o jornalista Josué Moura antecipou que uma das críticas que certamente deve aparecer com o ressurgir dessa causa é que esta só reapareceria em "tempo de eleição", o que para ele é uma grande hipocrisia. Moura lembrou que o sentimento em torno da criação do Novo Estado existe há muito tempo. "Além do mais, as eleições no País acontecem a cada dois anos e a discussão do Maranhão do Sul é para ser permanente".
Josué Moura esclareceu que, embora o Maranhão do Sul seja a bandeira mestra dessa nova entidade, constarão ainda em seu estatuto capítulos que apontarão para outras causas de interesse da população desse lado do Estado. Mencionou, por exemplo, causas ligadas à saúde e cultura.
Como o Maranhão do Sul é a "mola mestra" da Adermasul, no encontro foi feito um resgate da história recente dos movimentos em torno da causa.
"Os debates foram retomados em 2013, quando parlamentares maranhenses prometeram colocá-la em pauta no Congresso Nacional, mas não cumpriram a promessa", lembrou o jornalista Josué Moura.
Uma informação ressaltada na reunião é que a Adermasul, assim que formalizada, deverá se juntar a outros movimentos similares no País. Contatos recentes já foram feitos com o Piauí, São Paulo e Minas Gerais, daí, disse Josué, a necessidade de uma entidade com força jurídica para se juntar aos movimentos que lutam pelo mesmo ideal. Pensamento também defendido pelo advogado Oziel Vieira, que declarou que há realmente a necessidade da criação de uma entidade com força jurídica, caso contrário, não terá condições de alcançar os objetivos.
O jornalista Elson Araújo reforçou o tema ao ressaltar que a chama do Maranhão do Sul deve reacender não de forma isolada, mas integrada com outros movimentos que lutam pela mesma causa, caso contrário não terá a força pretendida. Já o empresário Fernando Antunes parabenizou a iniciativa e ressaltou que o Comitê Pró-Maranhão do Sul passou um tempo adormecido, mas que basta apenas alguns sopros para reacendê-lo.
O advogado Oziel Vieira defendeu a criação de uma entidade com força jurídica, caso contrário não terá condições de alcançar os objetivos.
Vencida a pauta do primeiro encontro, as lideranças ali presentes estabeleceram um prazo de 15 dias, a contar daquela data, para a realização da Assembleia Geral de fundação da Associação. O edital de convocação deve ser publicado nesta quinta-feira. (Assessoria)
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