Convidado pelos movimentos em defesa da criação do Maranhão do Sul (Frente Parlamentar, Popular e Comitê), o consultor econômico Célio Costa esteve em Imperatriz na tarde de quinta-feira para mostrar aos integrantes dos três movimentos a necessidade de que seja feito um amplo estudo de viabilidade econômica envolvendo os dois estados. O encontro, realizado no auditório do Centro de Convenções, reuniu jornalistas e membros das frentes, como o presidente da Frente Parlamentar, deputado Lourival Mendes; do Comitê, Fernando Antunes; da Frente Popular, William Marinho; além de Chico Brasil, Mara La Rocque, Laércio de Castro, Josué Moura e demais integrantes.
Em explicações que levaram aproximadamente uma hora, o economista fez questão de destacar que o resultado do plebiscito do Pará não deve preocupar os movimentos que tentam a criação do Maranhão do Sul, porque os estudos feitos para os três estados apresentavam uma situação delicada para o Pará, que seria chamado de Parazinho, com uma grande área territorial, mas sem sua economia, que ficaria nos 18% da área territorial dos dois novos estados. “Ou seja, estavam praticamente colocando em risco a economia do Pará e, desta forma, a derrota era inevitável”, frisou.
Com relação ao Maranhão do Sul, do pouco que conseguiu avaliar, a situação é bem diferente. “O Maranhão continuará sendo um estado grande e preservando toda a sua riqueza, ou seja, os estudos sócio-econômicos mostraram que os municípios do Maranhão não perderão; ao contrário, irão ganhar em função da redução dos municípios e os governos poderão investir mais”. Por isso, é imprescindível a realização de um estudo mais amplo e profissional para ser utilizado na campanha pelo plebiscito e depois no convencimento da população.
Acompanhado atentamente pelos presentes, Célio Costa demonstrou interesse em participar deste processo elaborando um estudo de viabilização econômica, como já fizera nos estados do Tocantins, Mato Grosso, Carajás e Tapajós. “Coloquei-me à disposição do deputado Lourival Mendes para que possamos juntos fazer este estudo e, desta forma, começar a trabalhar em Brasília e em todo o Maranhão. Claro que demanda tempo e recursos, mas podemos o quanto antes iniciar este planejamento”.
Representantes da CDL e ACII, Francisco Almeida e Guilherme Maia, respectivamente, demonstraram otimismo com as palavras do consultor e garantiram esforços junto às suas entidades para viabilizar os recursos necessários, assim como o empresário Ribamar Cunha Filho, que esteve presente na reunião e saiu satisfeito com o que ouviu, como enfatizou. “Sabemos que temos que ter cautela e muita organização para esta campanha. Com o que acabamos de ouvir, confirma a necessidade de profissionalizar o movimento e estamos prontos para encampar a ideia e o movimento”.
Fevereiro – No próximo dia 3 de fevereiro, às 9 horas, será realizado o primeiro grande ato pró-plebiscito, no Palácio do Comércio. Políticos e dirigentes de entidades representativas de todo o possível mapa do Maranhão do Sul serão convidados a participar deste ato, que vai simbolizar a segunda fase da campanha pelo plebiscito. “Não podemos parar, estamos avançado e vamos agora partir para visitar todos os 49 municípios oficializando este ato do dia 3 de fevereiro, que esperamos seja um grande ato pró-plebiscito”, disse William Marinho.