Domingos Cezar
A indústria da aviação estabeleceu metas ambiciosas para reduzir as emissões de dióxido de carbono e crescer numa base sustentável. Apesar dos avanços possíveis na eficiência de uso de combustíveis para alcançar as metas de redução de emissões da indústria, serão precisos biocombustíveis produzidos de maneira sustentável que atendam às necessidades técnicas da aviação.
Nos próximos anos, a indústria fará uma transição para o uso de biocombustíveis sustentáveis em substituição aos combustíveis de aviação baseados em petróleo. O uso de biocombustíveis na aviação deverá ser eficaz, eficiente e vantajoso dos pontos de vista ambiental, social e econômico.
Projeto Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação Comercial e Militar usou uma equipe da Byogy dos Estados Unidos, facilitadora para implementar os estudos, e foi composta pela equipe de pesquisa de diferentes instituições e a equipe de apoio da Byogy e Ausagave, da Austrália.
Autor e idealizador do projeto, Helberth Oliveira, maranhense residente em Imperatriz, foi convidado para apresentar, em Brasília, o projeto do mais novo biocombustível avançado para a aviação comercial e militar. Ele participará da 29ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biocombustíveis.
O evento, conforme informa Helberth Oliveira, acontecerá na manhã do dia 23 de março próximo, na sala de reuniões da sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com a participação de várias autoridades do setor produtivo. Ele discorrerá a respeito do uso da agave tequilana para a produção de biocombustíveis e outras aplicações.
"Esta é a meta ambiciosa para um futuro próximo de duas fabricantes de aeronaves: Boeing e Embraer", explica Oliveira. É um programa desenvolvido em parceira entre as duas empresas, Ausagave, da Austrália, e a Byogy, dos Estados Unidos, parceiras do Projeto Piloto Nacional, com sede no Maranhão, que está sendo desenvolvido para ser implantado no Nordeste por ele, com apoio da Embrapa Bio Energia.
Disse ter ficado satisfeito com a escolha da Avianca Brasil, que selecionou o seu processo totalmente renovável de produção de biocombustível de aviação - Byogy Renewables Alcohol to Jet (ATJ) - álcool para jato - para fornecer o seu combustível alternativo, de baixo carbono e não agressivo ao meio ambiente no futuro.
O assunto a ser abordado por Helberth de Oliveira é de extremo interesse daquele colegiado, e para tanto, já estão confirmadas para participarem autoridades de órgãos da República e entidades, como o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia - MME, Chefe da Divisão de Recursos Energéticos Novos e Renováveis - do Ministério de Relações Exteriores da DRN, ANAC, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Embrapa Bioenergia, International Air Transport Association (IATA); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), entre outros.
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