O crescimento da produção de grãos na região do MAPITO (Maranhão, Piauí e Tocantins), aos poucos, começa a atrair os olhares do restante do País e a abrir as portas do cerrado ao desenvolvimento tecnológico em terras que até pouco tempo eram pouco exploradas e com dificuldade logística. A região, que na última safra produziu o equivalente a 1,5 milhão de hectares, principalmente de soja e milho, deve triplicar esse volume em poucos anos.
A razão para tanta mudança está no forte aporte de recursos que tem chegado à região pelas mãos de grandes grupos empresariais e pela ação pioneira de empresas como a Bayer CropScience, que enxergam ali um enorme potencial para expansão do agronegócio.
Oswaldo Ishi, produtor de soja e milho no município de Balsas, Sul do Maranhão, é um dos entusiastas desta nova fronteira agrícola. O produtor acompanhou a chegada de grandes empresas. “De uns sete anos pra cá, o perfil de investimento mudou muito, com propriedades incorporadas por empresas e investidores. A tendência é que o MAPITO se torne um grande celeiro de grãos”.
No iniício de outubro, o diretor de Operações de Negócios Proteção de Cultivos da Bayer CropScience, Gerhard Bohne, esteve em visita àa propriedades rurais na região de Balsas para uma troca de experiência com produtores e técnicos locais, e pode ouvir o relato sobre os desafios e oportunidades para o crescimento da agricultura no MAPITO.
O executivo da Bayer chama a atenção para o Programa Bayer Contra Lagarta, importante iniciativa da empresa que a partir de novembro chegará com força nos estados de Tocantins, Maranhão e Piauí, com promoção de encontros de produtores rurais e dia de campos, e o objetivo de monitorar e controlar as infestações de pragas. “Uma das principais preocupações atualmente é o avanço rápido da Helicoverpa armigera nas lavouras, situação que está exigindo uma ação bastante efetiva da indústria e dos órgãos de governo”, declara.
Segundo Oswaldo Ishi, outro desafio do MAPITO é o desenvolvimento da infraestrutura de geração de energia. O Maranhão planta cerca de 600 mil hectares, com capacidade de crescimento para até 1,5 milhão e muitas propriedades rurais ainda carecem de energia elétrica e até mesmo gerador.
Ainda segundo o agricultor, a parceria com a Bayer tem sido muito boa no sentido de oferecer um novo olhar sobre a gestão da lavoura, novas estratégias comerciais e principalmente, serviços, que o agricultor considera um dos pilares do agronegócio. “É o pós-venda bem feito, como o acompanhamento no campo que fideliza e segura o cliente”, diz.
Transferência de tecnologia na região do MAPITO
O Clube de Prescritores para Troca de Informações (CPTI) está entre as iniciativas mantidas com apoio da Bayer CropScience, e está completando 10 anos reunindo 28 associados no MAPITO. O grupo é formado por gerentes de fazendas e consultores técnicos independentes que atuam na orientação de produtores para agir contra os maiores desafios da lavoura na atualidade, que é o controle das populações de lagartas adultas de Helicoverpa armigera e das doenças macha-alvo e ferrugem asiática.
Paulinho Ferreira, coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Bayer CropScience na região Cerrado, é o responsável por participar dos encontros que ocorrem em média quatro vezes por ano, sempre nas fases de plantio, desenvolvimento, colheita dos grãos e planejamento da próxima safra. O CPTI desenvolve ações espalhadas em 32 regiões agrícolas diferentes e um contingente de mais de 450 consultores técnicos especializados.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14846
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