Domingos Cezar

Instigado pelas lideranças do Movimento Cultural de Imperatriz (MCI), artistas, intelectuais e estudantes saíram às ruas na manhã desse sábado (28) para apresentar as propostas que o Movimento tem para conquistar políticas públicas culturais para Imperatriz e região tocantina. Inicialmente, um pequeno grupo se formou na Praça de Fátima, mas aos poucos as pessoas foram chegando formando então um grande grupo.
A partir das 10h, o grupo tomou de conta do calçadão, quando então fez uma panfletagem com o Manifesto Cultural, onde esboça suas propostas de cobrar das esferas governamentais, notadamente do Governo do Estado, uma participação mais efetiva no que diz respeito às manifestações culturais.
Os artistas cobram para Imperatriz um Centro Cultural, que congregue um teatro, salas de oficinas, conservatório musical, salas de cinema, bibliotecas, para que os artistas possam desempenhar suas atividades, cada um dentro de seu setor de atuação. “Com isso, pretendemos dar oportunidade para que crianças e adolescentes possam sentir o gosto pela arte, que é um agente de transformação”, explica o promotor João Marcelo Trovão, um dos líderes do movimento.
Ainda na Praça de Fátima e no calçadão, estudantes de Comunicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) também pediam que as pessoas que por lá transitavam assinassem um abaixo-assinado cobrando uma emissora da Rádio FM Universidade para o Campus de Imperatriz. Aliás, essa é também uma das propostas de luta abraçada pelos integrantes do Movimento Cultural de Imperatriz.
Da Praça de Fátima, os manifestantes seguiram para o bairro da Caema, onde todos tiveram a oportunidade de conhecer o prédio da Caema, abandonado há 20 anos e que os líderes do movimento desejam que se transforme num grande centro cultural. A propósito, a Câmara Municipal aprovou, na semana passada, projeto de indicação do vereador Luis Gonçalves da Costa fazendo esta solicitação à governadora Roseana Sarney.
Após a visitação de todos os cômodos do prédio que já foi uma estação de tratamento d’água, os manifestantes, num gesto simbólico, abraçaram a fachada principal. Ao som das músicas de artistas da terra, os manifestantes comemoraram o que, para eles, trata-se de uma vitória, o ato público ali realizado.
Marcaram presenças na manifestação, a presidente e o vice-presidente da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), Edna Fonseca e Agostinho Noleto, respectivamente; o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), Antonio Mariano de Lucena Filho; o promotor de justiça João Marcelo Trovão; a professora Rosiane Pinheiro, que representou a UFMA; o professor Antonio Augusto Frazão, que representou a UEMA, além de profissionais de imprensa de todos os órgãos de comunicação de Imperatriz e região.