Flávio Dino *

O modelo regionalizado de atendimento à saúde no Maranhão foi idealizado pelo ex-governador Jackson Lago, a quem coube dar início a esse importante sistema que viabilizaria um atendimento mais humano e mais eficaz em diferentes locais do Maranhão. Médico e liderança política com muito conhecimento sobre as mais duras realidades do Estado, Jackson deu início a esse projeto construindo o Hospital Regional de Presidente Dutra, que atende aos municípios da região central do Maranhão.
Na semana que se inicia, daremos mais dois passos importantes para fortalecer esse projeto com a inauguração do Hospital Regional da Baixada Maranhense, que se chamará Hospital Dr. Jackson Lago, em homenagem a seu legado na medicina e nas lutas democráticas do Estado. Além disso, antes da brusca interrupção do seu mandato de governador, Jackson havia destinado os recursos para esse Hospital Regional, que só agora estamos concluindo e pondo para funcionar. A unidade hospitalar terá 122 leitos de internação e será o local para tratamentos de média e alta complexidade, com especialidades em cirurgia, nefrologia, gastroenterologia, pediatria, neurologia, cardiologia e oftalmologia.
A população das regiões de Pinheiro, Zé Doca e Viana, num total de 34 municípios, terá a cidade de Pinheiro como referência para atendimento clínico e cirúrgico, bem como 12 leitos de UTI para pacientes graves. Ao longo deste ano, vamos concluir, equipar, contratar recursos humanos e inaugurar outros hospitais como os de Bacabal, Santa Inês e Caxias. Já em São Luís, nesta semana vamos inaugurar a maternidade Nossa Senhora da Penha, com 30 leitos para atender aos mais de 200 mil habitantes da área Itaqui-Bacanga. Também demos início a uma importante parceria com a Prefeitura de São Luís para investir R$ 10 milhões no novo Hospital da Criança da capital, que há anos precisava de UTIs Neonatais e Clínica Pediátrica.
Para reorganizar institucionalmente as ações e serviços de saúde, começamos o diálogo e implantação dos consórcios com os municípios, por intermédio dos “Conglomerados  Intermunicipais de Saúde”, visando a que todos os maranhenses tenham direito a atendimento digno e próximo de suas casas. Esse modelo já foi implantado em outros estados como Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
As cidades com maior vulnerabilidade social estão recebendo ações focadas na atenção básica, centro de uma política de prevenção de doenças e de promoção da qualidade de vida das populações mais carentes. Desde o mês de julho, médicos e enfermeiros da Força Estadual de Saúde partiram de São Luís para as cidades com menores índices de desenvolvimento humano, onde fazem atendimento de gestantes, crianças, pacientes com quadro de hipertensão, diabetes e no combate à hanseníase. Contamos com a determinação desses profissionais, que nesses dois primeiros meses já realizaram mais de 12 mil atendimentos, levando mais dignidade àqueles que nunca tiveram a atenção merecida por parte do poder público.
Passo a passo, estamos corrigindo os erros do passado na gestão da Saúde e avançando em direção a um modelo que se baseia no compartilhamento de ações, humanização e qualificação do atendimento. Vamos chegar lá, pois visamos, acima de tudo, uma sociedade mais justa para todos.

* Governador do Maranhão