Hemerson Pinto
A obra que será lançada às 19h desta sexta-feira relata, segundo o autor Carlos Leen Santiago, os “conflitos socioambientais que tencionaram a construção da Usina Hidrelétrica de Estreito”, no Maranhão, no Rio Tocantins.
De acordo com o escritor, os impactos que deveriam ser evitados causaram prejuízos ao meio ambiente e à sociedade. Boa parte das promessas de mitigação dos impactos ambientais proposta pela Hidrelétrica de Estreito para seu funcionamento não tem sido posto a cabo. Desde a morte de peixes, até mesmo a proliferação de violência urbana e prostituição: esse é o preço do desenvolvimento?”, questiona o autor.
Na opinião de Carlos Leen, o livro “O Estreito Desenvolvimento: história dos conflitos da barragem” é um registro sobre quais prejuízos para futuras gerações e decorrência do surgimento de grandes hidrelétricas ao longo do rio Tocantins.
“Neste caso das construções de barragens há um enorme déficit de diálogo e de ações que contemplem a todos. Por ora apenas os interesses de grupos privados e empreendedores vêm logrando êxito em cima de destruição ambiental e maquiamento dos problemas sociais, de moradia e de acesso a tecnologias que permitam a inclusão dos menos favorecidos nas cadeias produtivas”, comenta o autor.
Em trecho do livro, o escritor faz a seguinte reflexão: “Cresci nas pedaladas no grande Bacuri, me dirigindo aos finais de semana para a Praia do Cacau. Minha maloca levava bola de futebol e fitas cassetes do Eric Donaldson e Banda Reprise, quase sempre também uma cachaça temperada com maracujá ou abacaxi. Coisa de moleque”.
Serra Quebrada – Na última quinta-feira, um grupo de pequenos produtores rurais, índios e pescadores encerrou um seminário com a participação de representantes de instituições estudantis e de outros movimentos sociais, onde foi discutido o projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Serra Quebrada.
A UHE deverá ser construída no rio Tocantins, no município de Governador Edison Lobão. Moradores de comunidades ribeirinhas nas áreas próximas ao local onde a barragem deve ser instalada, a até quilômetros de distância, temem prejuízos como inundações de terras produtivas e de vilarejos inteiros.
Os índios apinajés, do município de Tocantinópolis-TO, poderão ter, segundo o grupo de discussão sobre o tema, cerca de 60% do território tomado por água. Os participantes do encontro buscam meios de adiar a liberação de execução do projeto, enquanto procuram uma saída para não sofrerem os transtornos.
A Hidrelétrica de Serra Quebrada faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
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