Conhecer os momentos atravessados pelos jornais de Imperatriz ao longo de quase 80 anos de existência da imprensa local. Essa é a temática do livro "História da Imprensa em Imperatriz - MA /1930-2010" produzido pela jornalista e historiadora Thays Assunção, e publicado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa Científica e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão - Fapema. A obra será lançada na próxima segunda-feira (09) às 19h30 na Academia Imperatrizense de Letras (AIL).
Segundo a autora, o livro representa uma contribuição tanto ao jornalismo local, como a própria história da cidade. "Nas páginas dessa obra, as pessoas poderão caminhar em direção ao seu próprio passado. Por trás das notícias, fotos, cartas, anúncios é possível perceber os anseios, disputas e transformações de Imperatriz narradas nas páginas dos impressos", afirma.
A obra apresenta a trajetória dos jornais imperatrizenses dividida em três fases: A primeira "Primórdios da Imprensa: cenas iniciais do jornalismo (1930-1960)" relata o surgimento dos primeiros jornais da cidade: "O Alicate", "A Luz", "O Astro" e o "Correio do Tocantins"; a segunda fase "Modernização da imprensa: os jornais em tempo de mudança (1970-1980)" detalha o crescimento acelerado dos impressos, as experiências culturais, religiosas e o aparecimento das publicações dos movimentos estudantis e a terceira fase "A imprensa contemporânea: novos protagonistas em cena (1990-2010)" narra às modificações ocorridas nas redações a partir da chegada dos computadores e da internet, além de destacar dados sobre as narrativas esportivas, publicações voltadas para educação e política.
Além desse panorama, a obra traz um catálogo inédito (em formato de fichas informativas) dos 215 jornais que surgiram neste percurso da imprensa. A partir do levantamento é possível saber onde os jornais podem ser encontrados, qual a data de fundação, endereço, nome de diretores, funcionários entre outros dados.
Premiação: Mesmo antes de ser lançado, o conteúdo da obra já foi avaliado e premiado pela Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar) como melhor trabalho de incentivo a memória da região, recebendo o prêmio David Moreira Caldas no ano de 2012. O trabalho também já recebeu moção de aplausos pela Câmara de Vereadores de Imperatriz e Assembleia Legislativa do Maranhão. Todo esse reconhecimento ocorreu quando o trabalho estava reservado apenas a monografia de Thays Assunção, defendida em 2011. Desde então, a pesquisa da autora tem sido a mais procurada do curso de Jornalismo de Imperatriz, inspirando dezenas de outros trabalhos.
Para a estudante de jornalismo, Margaret Valente, o livro é um objeto de pesquisa fundamental para Imperatriz e região. "O conhecimento sobre a imprensa local que adquiri foi por meio da monografia da professora Thays Assunção. É um trabalho histórico de fôlego, e muito importante para a cidade. Fico feliz por vê-lo sendo transformado em livro".
Agora em 2018, o livro traz uma versão atualizada da monografia da autora e o levantamento de 215 jornais catalogados durante dois anos, fruto de um projeto de iniciação científica.,
Publicado em Cidade na Edição Nº 16103
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