Depois de circular durante quinze anos apresentando a performance “Mundo de Mundim”, Lília Diniz decide publicar o texto em forma de livro. E como tem feito, em suas publicações anteriores, a história de Mundim, uma criança de 10 anos, que vive em situação de trabalho escravo e nunca viu um livro, ganha um formato especial. Com formato de meia lua, ganhando circularidade ao ser aberto totalmente, bolsa de tecido e uma bola de meia, confeccionada e bordada pela própria autora, o livro foi lançado em Imperatriz em 2013, na Academia Imperatrizense de Letras, instituição da qual é membro desde o ano de 2008.
O livro foi selecionado entre mais de 200 títulos em edital público da Secretaria de Cultura do Distrito Federal para ser lançado na II BIENAL BRASIL DO LIVRO E DA LEITURA, em Brasília-DF, reafirmando a inserção da escritora maranhense no universo da literatura nacional e será lançado no dia 18 de abril, às 19h. As ilustrações ganharam o traço do já consagrado xilogravurista Valdério Costa e a marca do design Haroldo Brito, que segundo a escritora, foram fundamentais para o sucesso da publicação.
O livro deve ainda fazer parte dos muitos títulos que serão lançados no Salão do Livro de Imperatriz em maio e no Salão do Livro do Piauí. No ato do lançamento a autora, que é também atriz, interpreta a história do livro de maneira performática, da mesma maneira que iniciou há quinze anos, sensibilizando as pessoas para a temática proposta. O livro “Mundo de Mundim” revela todo o engajamento da autora com as causas sociais que marcaram seu percurso de vida iniciado em Imperatriz, no bairro Santa Rita.
Lília Diniz é maranhense, nascida no povoado de Creoli do Bina, município de Tuntum. Veio para Imperatriz aos sete anos de idade, adotando a cidade como cidade mãe e percorre o Brasil levando a imagem positiva da cidade, sua gente e sua cultura. Arte-educadora, poeta, cantora e atriz, a versatilidade de Lília Diniz chama a atenção por onde passa pelo carisma e amor que demonstra ter pela arte, e acima de tudo pelas suas origens.
Atualmente a autora possui cinco títulos publicados: Babaçu, Cedro e outras poéticas em Tramas (2001), Ao que vai Chegar (2008), Miolo de Pote da Cacimba de Beber (2003), Sertanejares (2011), Mula Sem Cabeça (2012) e Mundo de Mundim (2013). (Renata Amaral)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14981
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