Depois da Igreja Católica e da Assembleia de Deus terem se manifestado, por meio de documento, ao prefeito Madeira pela continuidade da fiscalização e cumprimento da "chamada Lei dos Bares", ontem foi a vez da Maçonaria, Sindicato dos Atacadistas e dos Representantes Comerciais; Conselho Regional de Medicina e Associação Médica se manifestaram também favoráveis à manutenção das 2 horas da manhã como hora limite para as atividades de diversão noturna em Imperatriz.
Mais do que divulgar um documento, a Maçonaria e Associação Médica se fizeram receber pelo prefeito em exercício Hamilton Miranda e pessoalmente pediram da parte do poder público municipal o cumprimento e a ampliação da fiscalização.
"Nós temos dados recentes que depois do início dessa fiscalização os índices de violência em Imperatriz despencaram significativamente" ressaltou o médico Nailton Lira, ali presente como liderança maçônica, membro do Conselho Regional de Medicina e da Associação Médica de Imperatriz.
O médico também ressaltou que além de "atacar o problema da violência" o cumprimento da Lei dos Bares proporciona um economia muito grande para o município nas despesas hospitalares, uma vez que, na avaliação dele, também já é bastante acentuada a queda no número de acidentes de trânsito desde o início da fiscalização.
Como argumentação para a continuidade na fiscalização do cumprimento da lei dos bares Naiton Lira lembrou o caso da cidade de Diadema (SP) que ostentava altos índices de violência, notadamente de crimes contra a vida e que o município conseguiu baixá-los com uma ação como essa que hoje é realizada na cidade. Ele lembrou que em cidades cosmopolitas como Viena, na Áustria, e Nova Iorque (EUA) os bares não ultrapassam a meia noite abertos.
O empresário Marcone Marques, outra liderança maçônica da cidade, se manifestou. Cobrou a continuidade no cumprimento da Lei, contudo ressalvou a necessidade de não se confundir bares com casas noturnas.
Membro do sindicato dos atacadistas, do qual é ex-presidente, o empresário Hassan Yussuf também se mostrou favorável á lei, contudo cobrou que a fiscalização não se atenha apenas à Beira Rio e seja ampliada.
O prefeito em exercício Hamilton Miranda, ao ser interpelado sobre uma possível mudança no horário limite da Lei dos Bares, informou que havia um movimento na Câmara Municipal para que a lei fosse alterada mas pela falta de apoio popular o movimento esfriou. Para ele, não existe clima para mudança na lei porque a população não apoia.
Miranda disse que não tem sido fácil aos órgãos de fiscalização fazer cumprir a Lei e que o município tem recebido muitos apelos de políticos pela flexibilidade na fiscalização, no entanto "o que se percebe é um apoio maciço da população. A minha posição pessoal é pelo cumprimento da lei em vigor", declarou o prefeito.
Mesmo externando sua posição a respeito Hamilton, Miranda disse que essa é uma discussão ainda em aberto e que na manhã desta quarta-feira vai receber no gabinete um grupo de promotores de evento e proprietários de casas noturnas com argumentos contrários aos apresentados pelas lideranças que acabava de receber. A reunião está cada para as 8 horas. (Kayla Pachêco - ASCOM)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14981
Líderes maçônicos e do setor empresarial cobram do poder público cumprimento da "Lei dos Bares"
Recebidos ontem pelo prefeito em exercício Hamilton Miranda, eles reivindicaram que o horário limite das duas da madrugada seja mantido
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