Coordenadores de agronegócios e gestores dos projetos de leite e derivados do Sebrae na região Nordeste estiveram reunidos, no Centro Cultural de Exposições de Maceió (AL), durante programação prévia do IX Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel), realizado anualmente pelo Sebrae e parceiros. Além de pauta específica e assuntos estratégicos, um dos pontos definidos na reunião foi a realização da 10ª edição do Enel no Maranhão, que já está pré-agendado para o período de 17 a 19 de outubro de 2012, em Imperatriz.
Com a finalidade de promover acesso à informação, inovação e tecnologia, troca de experiências e negócios, o Enel se destaca por melhorar a competitividade da cadeia produtiva de leite e derivados da Região Nordeste. O evento, que no ano passado aconteceu em Maceió (AL), é constituído por palestras, oficinas, vitrine de produtos lácteos, salão com estandes para exposição de máquinas, equipamentos, serviços, embalagens, laboratórios e vitrine de lácteos, além de concurso regional de queijos.
“O evento será um grande ganho para os produtores do Maranhão, que terão a oportunidade de trocar experiências, enriquecer seus conhecimentos, conhecer novas tecnologias e fomentar negócios. Teremos uma maior integração dos elos da cadeia do leite”, destaca o coordenador de Agronegócios do Sebrae Maranhão, Mauro Borralho, que fez uma pequena apresentação dos projetos de Leite e Derivados executados pelo Sebrae no Estado, nas Regiões Tocantina, Pré-Amazônica, Médio-Mearim e Microrregião do Pindaré.
A produção de leite no Maranhão é de 1,1 milhão de litros/dia, segundo dados do IBGE. Juntas, as regiões Tocantina, Pré-Amazônica e Médio-Mearim são responsáveis por 87% da produção do Estado – as duas primeiras concentram 68% desse total.
Os quatro projetos do Sebrae na área de Leite e Derivados abarcam 32 municípios, atendendo 23 empreendimentos formais e 540 informais. “Nosso esforço agora é trazer os laticínios para o processo, trabalhando também na industrialização do leite. O debate não é fácil, mas já iniciamos a aproximação e temos avançado nas conversas com os proprietários”, comenta Borralho, informando que o Estado possui 27 laticínios, sendo 15 regularizados com o SIF (Selo de Inspeção Federal) e 12 que operam com registro estadual.
“Dos 15 laticínios cifados, a produção é de 210 mil litros de leite/dia, mas essa demanda é reprimida, pois eles têm a capacidade de beneficiar muito mais leite. Se tivermos um aumento de produção, aliado a boas práticas de manipulação pelos criadores para melhorar a qualidade do leite e, no compasso, os laticínios oferecerem preço justo pelo litro, conseguiremos ter uma cadeia equilibrada, onde todos saem ganhando, principalmente o consumidor final”, destaca o coordenador.
X Enel – A escolha da cidade de Imperatriz para sediar o X Enel se deu pela localização estratégica, o que vai propiciar a participação no evento de produtores, donos de laticínios e técnicos das duas regiões onde há a maior concentração do negócio do leite no Estado – a Tocantina e a Pré-Amazônica.
“Já consideramos o X Enel como um grande marco para a evolução do desenvolvimento do setor de Leite e Derivados no Maranhão. Faremos de tudo para promovermos uma edição que faça valer os 10 anos do evento, que se tornou referência no Nordeste, sendo hoje o maior da região nesse segmento”, sinalizou Mauro Borralho. (Samme Ribeiro)