Domingos Cezar

Quem conheceu Imperatriz até o final da década de 60 para início da década de 70 certamente conheceu também a famosa Lagoa da Covap, que adquiriu essa denominação em função da localização da maior e mais conhecida loja de material de construção da cidade à época. A casa comercial Covap era situada na Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Amazonas e Pará.
A lagoa se constituía de um verdadeiro ecossistema formado por águas escuras margeada por uma flora formada, principalmente, de árvores de anajá, tucum, marajá, entre outras, além de capim plantado pelos proprietários, os quais serviam de alimentação aos cavalos de dezenas de carroceiros que alugavam as denominadas quintas ou soltas.
O santuário ambiental se estendia desde a Rua Luís Domingues, nas proximidades do Hospital Municipal, até mais ou menos a Rua Rui Gonçalves Dias, onde estava sendo implantado pelo então prefeito Renato Moreira (1970/73) o bairro Nova Imperatriz. No decorrer dos anos, com o crescimento da cidade e o avanço imobiliário, a lagoa foi sendo aterrada.
O aterramento das ruas e das que circundam a antiga lagoa, como as ruas Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, João Lisboa, Antonio Miranda, Bom Futuro, Hermes da Fonseca, Rui Barbosa, Gonçalves Dias, entre outras, além da Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, não acabou com os alagamentos, os quais acontecem desde então, em todo período invernoso.
Essa situação foi acompanhada durante anos pelo senhor Leônidas da Silva Mota, 83 anos, que mora há 54 anos na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, desde quando essa importante artéria era denominada de Rua BR-14, denominação da então BR-010. Contatado pela reportagem, o antigo morador disse que não acreditava no que estava vendo.
Ele se reportava ao trabalho ora realizado pela Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos – SINFRA, para sanar esse problema que durante anos infernizou todos os moradores da citada área. Leônidas Mota se disse agradecido ao prefeito Sebastião Madeira “pela iniciativa de eliminar de vez esse problema que afeta a toda a comunidade”, afirma.
A drenagem profunda que começou pela Rua Bom Futuro já foi concluída e aquela importante rua vem tendo agora seu asfalto recomposto com a mesma qualidade de antes. Na Rua Amazonas, a drenagem está sendo concluída e também terá sua camada asfáltica recomposta. A rua tornou-se mais larga para facilitar a vazão do trânsito de veículos.
De acordo com o engenheiro Roberto Alencar, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos – SINFRA, falta menos de 20% da obra de drenagem profunda na Rua João Lisboa e revelou que os serviços avançam diariamente, mesmo que a cidade esteja vivendo o período das chuvas. “Vamos sanar de vez o problema de alagamento naquele setor”, concluiu Alencar.