Hemerson Pinto

“Em Imperatriz sempre houve o combate ao trabalho infantil”. Assim o juiz da Vara da Infância e da Juventude reforçou as informações sobre a campanha inédita, que se estende até o dia 14 de junho, na segunda maior cidade do Maranhão. Para Delvan Tavares, em 2013, a parceria firmada entre várias instituições pode garantir trabalho mais reforçado no sentido de inibir o trabalho infantil.
Segundo Delvan Tavares, “não existem muitos casos de criança trabalhando nas ruas de Imperatriz, seja vendendo pipoca, engraxando sapato, vigiando carro na rua. Queremos exatamente impedir que isso venha ocorrer”, ou que os poucos casos já existentes, como afirma o juiz, venham aumentar. “Este ano se juntaram pelo menos quatro instituições para juntas desenvolver essas atividades, uma ação muito mais educativa, voltada para o combate do trabalho infantil e em especial para o trabalho infantil de rua”, complementa o juiz titular.
Além da Vara da Infância e da Juventude de Imperatriz, a campanha - que tem o slogan “Reveja seus conceitos: trabalho infantil não é opção” - reúne o Ministério Público do Trabalho no Maranhão, MPT-MA; o Ministério do Trabalho e Emprego, MTE; e a Promotoria da Infância e da Juventude de Imperatriz. A ideia é alertar sobre os malefícios que esse problema social provoca no desenvolvimento da criança e do adolescente.
Entre as atividades previstas para o decorrer da semana está a distribuição de folders, adesivos, fixação de outdoors, além de outros materiais promocionais, divulgação de vídeos e entrevistas nos meios de comunicação. O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é comemorado no próximo dia 12, quando haverá a realização de um pit stop na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, entre ruas Amazonas e Pará, Centro.

Dados

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/2011), o Maranhão ocupa a quarta posição no ranking nacional do trabalho infanto-juvenil. O estudo mostra que 12,4% dos maranhenses com idade entre 5 e 17 anos de idade trabalham, o que representa um universo de mais de 230 mil crianças e adolescentes. Essa mão de obra estaria distribuída em setores como agricultura, pecuária e pesca, além do comércio e serviços domésticos.