Mesmo com a redução nos valores de recursos, o Município de Imperatriz vem conseguindo cumprir seu planejamento para a área de saúde. A previsão do orçamento anual do município é de R$ 205 milhões, mas neste ano o Governo do Estado repassou valor inferior do que o esperado.
"Na verdade, do governo estadual recebemos uns 40% a menos. Tentamos conseguir mais, estamos conversando com o Governo do Estado, que nos prometeu verba de 5 milhões de reais para terminarmos este ano", disse o secretário Alair Firmiano, durante audiência pública à Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social da Câmara de Vereadores, para apresentação do relatório de execução orçamentária do Fundo Municipal de Saúde de Imperatriz, referente ao segundo quadrimestre de 2017.
A redução de repasses preocupa, mas não inviabilizou o trabalho da Secretaria de Saúde, que adotou medidas que garantiram a manutenção, e até ampliação de outros atendimentos.
"Quando a gente fala em reduzir gastos não significa que nós diminuímos a qualidade dos serviços prestados. Significa que nós gastamos o dinheiro de forma ordenada, de maneira mais planejada, de modo que fizemos até mais do que do ano passado", destacou.
Firmiano lembrou que a prefeitura fez investimentos na Atenção Básica, Hospital Municipal, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), pagamento de dívidas anteriores, fornecedores e, ainda assim, as ações estão dentro do orçamento.
"Nós temos aí uma reserva de orçamento. Gastamos 68% até agora e ainda temos uma reserva para terminar o ano", revelou o secretário, em tom de contentamento.
Socorrão
O Hospital Municipal de Imperatriz (HMI) continua sendo o local onde mais estão sendo aplicados os recursos da saúde pública. Só este ano já foram gastos cerca de R$ 141 milhões.
"O Socorrão é o maior gasto em saúde do município, porque atende à média e alta complexidade, e isso fica caro. Um paciente que fica na UTI é praticamente 5 mil reais por dia. O paciente ficou dez dias na UTI, são 50 mil reais. Então o gasto com média e alta complexidade não deveria ser, mas ainda é muito elevada no Brasil", observou o secretário, lembrando que o ideal em todo o pais seria maior investimento na Atenção Básica, para esvaziar os hospitais.
"Se nós tivermos controle na Atenção Básica, não vamos ter um AVC no Socorrão, uma complicação do diabetes, um infarto do miocárdio. Na verdade, os recursos deveriam ser mais na Atenção Básica, mas isso demora, leva tempo, porque 70% dos pacientes que atendemos no Socorrão não são de Imperatriz", alertou, acrescentando que 14 municípios da Região Tocantina fizeram pacto de saúde, mas os valores dos procedimentos ainda são de 2004, e são bastante defasados.
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