Em parceria com a Prefeitura Municipal de Imperatriz e o Hospital Albert Einstein, foi implantado no Hospital Municipal – Socorrão, a telemedicina – uma nova metodologia que está mudando para melhor a área da saúde, possibilitando aos médicos a troca de informações a distância, tanto no debate sobre a melhor escolha de tratamento para um paciente quanto no investimento de capacitação profissional.
O coordenador da Telemedicina no HMI, Wellington Jorge dos Santos, explica que esse método visa sanar dúvidas em tempo real por meio de videoconferência. “Todo funcionário que for cadastrado terá acesso ao sistema via links disponibilizados pelo Albert Einstein, bastando apenas estar conectado a internet no computador, tablet ou smartphone”, ressalta, informando que para tanto já foram instalados pontos de conectividade no HMI por meio de uma rede de internet exclusiva que garante estado online 24h.
A primeira teleconferência foi realizada na última sexta-feira (25), das 19h às 21h, no setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Socorrão. Os temas discutidos foram: Avaliação da febre na emergência e Dissecação de Aórtica objetivando fortalecer o conhecimento e ampliar a correlação e raciocínio clínico em situação de emergências clínicas. A temática também foi disponibilizada via transmissão simultânea através de links, que puderam ser acessados por funcionários em outros locais, permitindo assim o acompanhamento de quem não tem plantão no referido horário.
A secretária de Saúde, Conceição Madeira, ressalta que a implantação da telemedicina representa mais um avanço para o atendimento de urgência e emergência da rede pública de saúde de Imperatriz, tendo em vista que “o contato online entre os funcionários do HMI e os profissionais do maior Centro de Referência em Saúde da América Latina (Hospital Albert Einstein) qualifica o fechamento de diagnósticos de novos casos e agiliza a escolha do tratamento mais adequado para o paciente”, frisa.
A princípio, a equipe habilitada para participar da telemedicina no HMI são médicos e enfermeiros que atuam na Clínica Médica e UTI adulto. Segundo a coordenação, a partir de agora toda e qualquer dúvida que surgir pode ser consultada em tempo real junto aos profissionais do Albert Einstein, que mantém especialistas online 24h para atender aos chamados. “O ganho disso é muito grande, tanto na área da neurologia quanto das síndromes coronarianas, pois a telemedicina aumenta a precisão diagnóstica e melhora os processos e os protocolos de implementação. E em casos cirúrgicos, por exemplo, é possível discutir o diagnóstico, propor conduta e até acompanhar o pós-operatório”, afirma Wellington Jorge.
De acordo com informações do site da instituição Albert Einstein, os hospitais que já implantaram a telemedicina são: o M’Boi Mirim em São Paulo (SP), o hospital Platão Araújo, que fica na zona leste de Manaus (AM), o complexo Tarcísio Mangabeira na periferia de João Pessoa (PB) e o Senhora Santana, que fica em Brasília de Minas Gerais (MG), o hospital de Trauma de Campina Grande (PB), Santa Casa de Campo Grande (MS), o de Gama, cidade satélite de Brasília (BR), o Hospital de Urgência de Anápolis, em Goiás (GO), na Bahia, Vitória da Conquista (BA), Feira de Santana (BA), Roraima, Santarém (PA) e Imperatriz (MA), que atende um milhão de pessoas e possui 20 leitos de UTI adulto.
Sobre a telemedicina
As definições para telemedicina são as mais diversas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é “a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde nos casos em que a distância é um fator crítico”. Para a American Telemedicine Association (ATA), é “o uso da informação médica, trocada em sites ou outros meios eletrônicos de comunicação, para saúde e educação do paciente e de hospitais com o propósito de melhorar o cuidado com os doentes”.
“A telemedicina não vai substituir uma internação ou consulta ao médico. É indicada como instrumento complementar para as práticas médicas e, graças a toda a tecnologia envolvida, é um impulsionador para o futuro da medicina”, explica Sandra Oyafuso Kina, coordenadora do Centro de Informação e Comunicação (CENIC) do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE).
Importância da telemedicina para os setores públicos de saúde segundo a visão do Albert Einstein
No Brasil, temos uma rede de assistência médica muito grande. O SUS, serviço público, em um país de grandes dimensões como o Brasil, é um desafio muito grande. Os profissionais de saúde, em geral, ficam localizados nos centros, então é difícil distribuir o conhecimento de uma maneira que seja equânime, igual e universal, que é a proposta do SUS. Com base nisso, a telemedicina do Einstein aplicada aos hospitais públicos por meio do Proadi ( Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) tem um papel filantrópico importante. (Maria Almeida)
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