Elson Araújo
Mesmo que muitos não admitam, ou apareça quem conteste, há um sentimento ancestral preso em cada ser humano que, quando por uma circunstância qualquer é libertado, tende a exaltar o lado escuro da alma. É nesse momento que costuma surgir a necessidade doentia de, a qualquer custo, ofender e ferir os outros, às vezes gratuitamente.
A chave da cadeia que prende e liberta esse sentimento, ou a vontade de destruir o outro, pode ser encontrada nas palavras, circunstâncias e nos fatos concretos e abstratos. Se nós como humanos não formos vigilantes, essa força negativa se torna indomável e as consequências são imprevisíveis e cometemos grandes injustiças.
Os agentes públicos, por estarem bem mais expostos, são os alvos preferenciais dessa “força”. Às vezes com a existência de motivos outras, não. Um simples interesse contrariado individual ou coletivo, a incompreensão por uma ação ou omissão, são usualmente, motivos para que um agente comece de uma hora para outro a ser ‘satanizado’.
Um impeditivo concreto para que o alvo (agente público) mesmo atingido, não pereça é sua biografia, sua história. Nos últimos dias o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz, o honrado Lucena Filho, tem sido alvo dos ataques desse “lado negro da força”, por parte de uma minoria contrariada pelo modelo da folia momesca iniciada em Imperatriz há cinco anos e que conseguiu resgatar o ambiente familiar e poético dos antigos carnavais.
O modelo de carnaval estabelecido pela Prefeitura de Imperatriz, por intermédio da Fundação Cultural, tem sido um sucesso e consegue paras as ruas nos quatro dias da folia milhares de pessoas. Gente de todas as idades que transformam o circuito da folia num grande baile a céu aberto.
No ano passado, mesmo com uma estrutura pública na Beira Rio, o que se viu, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi um número de foliões muito maior atrás da jardineira do que na frente da estrutura ali montada. Acompanhamos de perto o trabalho da heróica equipe do presidente da Fundação para organizar a folia de momo em Imperatriz.
A formulação do projeto, feito com meses de antecedência, as viagens para as audiências e as reuniões com a secretaria de Estado da Cultura, em São Luís, em busca dos apoios necessários para a festa. Ao final o apoio veio apenas com a Jardineira que muito tem agradado a população.
Planejou-se algo maior inicialmente, mas condições não favoreceram ao que foi projetado. Passados os meses far-se-á em Imperatriz o que é hoje possível, até mesmo pelas circunstâncias materiais do município que atualmente requer cautela e controle de gastos. A única diferença do Carnaval de 2014 em relação aos anos anteriores é a ausência de uma estrutura publica na Beira Rio.
Tenho dito e repetido que é nas dificuldades e nas condições adversas que se conhecem os verdadeiros líderes e o Lucena Filho, que tem a confiança do prefeito Sebastião Madeira, têm sido um grande líder na condução da Fundação Cultural de Imperatriz, não só na organização dos eventos populares, mas em projetos culturais importantes como “Arte e Cidadania nas Escolas” executado em parceria com a Vara da Infância e da Juventude.
Parabéns ao Lucena Filho e sua equipe.
Um feliz carnaval para todos.
Elson Mesquita de Araújo, jornalista.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14944
Comentários