Hemerson Pinto
Os índios estão acampados desde a última segunda-feira na sede da Funai em Imperatriz. São cerca de 70 pessoas que vieram das cidades de Viana, Barra do Corda e Amarante do Maranhão. Os povos Gavião, Gamela e Krenyê lutam por questões relacionadas a demarcação de territórios e foram ouvidos por um representante do Ministério Público Federal, que decidiu intermediar as negociações junto ao órgão que representa os indígenas.
Os povos Gavião reivindicam há muito tempo uma nova demarcação da área onde vivem com a revisão de limites territoriais e nunca foram atendidos. Já os Gamela, segundo eles, habitam o mesmo território desde 1758, mas a Funai, de acordo com informações do Conselho Indigenista Missionário, insiste em não reconhecê-los.
No caso dos Krenyê, a Funai estaria descumprindo uma decisão judicial que obriga o órgão a comprar uma área próxima ao local onde habitam para possibilitar o processo de formação de uma reserva indígena.
“Enquanto não for resolvido tudo isso, eles continuarão prejudicados. São povos que precisam da regularização desses territórios para plantar, tirar sua alimentação e promover sua cultura. Assim eles vão permanecer aqui na Funai e agora pediram a contribuição do Ministério Público para intermediar”, disse o representante do Conselho Indigenista Missionário.
Segundo os indígenas, a única proposta da Funai até o momento em que os manifestantes conversaram com nossa reportagem foi tentar marcar reuniões com o órgão em Brasília. A proposta foi considerada armadilha.
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