“Estão transformando aquela casa, que já foi referência de saúde em Imperatriz. A população está chamando de casa da morte”, disse João Silva

Ao usar a tribuna, durante a sessão dessa quarta-feira (21), o vereador João Silva (PRB) solicitou à Mesa Diretora que seja enviado ofício ao diretor do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz pedindo informações sobre os índices registrados de óbitos e de nascituros dos últimos três meses de 2014 e dos últimos três meses deste ano.
O vereador se preocupou após acompanhar o velório de uma criança de apenas três dias de vida. “A senhora, mãe do recém-nascido, gritava: ‘o médico matou meu filho’. A criança estava com o rosto amassado. E quando a criança morreu não quiseram dar o corpo para enterrar, foi preciso a gente ir lá no Regional”.
Além dos números dos recém-nascidos, Silva ainda quer saber quantos profissionais foram contratados como enfermeiros (as) e técnicos (as) em Enfermagem nos últimos três meses. E quantos funcionários trabalhavam em 2014 e quantos trabalham hoje. “Estou preocupado, porque estão transformando aquela casa, que já foi referência de saúde em Imperatriz. A população está chamando de casa da morte”.
O vereador contou ter recebido uma ligação telefônica de outra senhora pedindo para que ele buscasse sua filha que estava passando mal no Hospital Materno Infantil. Chegando lá, testemunhou o sofrimento de uma moradora do Sumaré, que segundo ele estava toda cortada e chorando copiosamente.
“Depois disso, o meu telefone não parou mais de tocar, as mulheres querendo vir aqui dar depoimento. Se for feita uma audiência pública e convidar essas mulheres, muita gente vai chorar, até quem nunca chorou. A gente sabe que o Regional é administrado pelo Governo do Estado, mas o povo ali atendido é de Imperatriz, que eu represento”. (Mari Marconccine / Assessoria)