Recentemente divulgado, o IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal) acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas de atuação: Educação, Saúde e Emprego & Renda. Criado em 2008, o estudo do Sistema FIRJAN é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
As transformações dos municípios são visíveis pelo acompanhamento efetuado ano a ano. Sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios. Em 2014, a metodologia do IFDM foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro para esta nova década. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo. A nova metodologia buscou padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados, utilizando-os como referência para os indicadores municipais. Outro ponto importante foi a atualização de metas e parâmetros nacionais. Neste caso, o ano de referência deixou de ser 2000 e passou a ser 2010.
Os dados (que se encontram disponibilizados no site ( ”www.firjan.org.br) apontam significativos avanços para Imperatriz. Exemplo disso é o ano base de 2008, quando o município ocupava a 1195º posição, entre os 5.565 municípios brasileiros. Reeleito, Sebastião Madeira assumiu em 2009.
Já em 2011, último ano disponibilizado, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal aponta para Imperatriz a 924º posição. Um salto de 271 posições, sustentada pelas melhorias proporcionadas nos quesitos, Educação (0,7097), Saúde ( 0,7602) e Emprego e Renda (0,7685). Para se ter uma ideia mais consolidada, enquanto os índices anotados para a área de saúde em 2008, eram de 0,6754, estes, em 2011, evoluíram para 0,7602. No geral, a cidade saltou de 0,6865 para 0,7462. O IFDM classifica as cidades em quatro categorias/níveis: varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1) desenvolvimento. Ou seja, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Apenas 6 por centos das cidades possuem a classificação máxima.
As conquistas apontadas no índice de desenvolvimento municipal mostram a evolução na área de saúde implantadas pela secretária Conceição Madeira a frente da secretaria desde 2010. O passo inicial foi a determinação de implantar o SISREG (Sistema Nacional de Regulação). Com funcionamento on-line e desenvolvido pelo DATASUS, o Departamento de Informática do SUS/MS. Com essa decisão, Imperatriz passou a integrar com o Cartão Nacional de Saúde, agilizou e garantiu qualidade ao processo de regulação nacional, dando assim uma maior credibilidade aos dados dos pacientes atendidos. Imperatriz é um dos 1600 municípios em todo o Brasil com 204 CENTRAIS DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL e 19 CENTRAIS DE REGULAÇÃO HOSPITALAR a fazer parte do sistema que é disponibilizado pelo Ministério da Saúde para o gerenciamento de todo Complexo Regulatório, vai da rede básica à internação hospitalar e visa além da humanização dos serviços, um maior controle do fluxo e a otimização na utilização dos recursos, integrando ainda, a regulação com as áreas de avaliação, controle e auditoria.
De 205 a 400 leitos; ala de oncologia com quimioterapia e residência médica
Dos 205 leitos até então existentes, o Hospital Municipal conta hoje com 400 unidades. De sua reestruturação interna, resultou na ampliação dos 10 leitos de UTI encontrados, para 20 e na criação de uma até então, inexistente, UTI Pediátrica com 10 leitos e também, uma UTI intermediária (que proporciona ao paciente assistência intensiva antes da UTI) com 4 leitos. Aqui, um diferencial na oferta de leitos. Enquanto o SUS exige 2 respiradores por leito, o Socorrão disponibiliza 1 respirador para cada leito.
As melhorias, na gestão Conceição Madeira, criação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) entre elas, passam além da ampliação de leitos. 7 salas compõem o centro cirúrgico e foram criadas as alas de Oncologia, com 10 leitos; DST/AIDS e Buco-maxilo. Merece destaque a reestruturação da parte clínica, com os pacientes sendo acompanhados por especialistas. Entre eles, o quadro médico possui cardiologistas (2), endócrino (1), nefrologista (2), infectologista (1), clínico geral (1) e oncologista (1). Também na parte de equipamentos a evolução é constatada. Serviços de imagens, tomografia e raio x, antes terceirizados, agora são prestados pelo próprio Hospital Municipal. O próximo serviço será, ressonância magnética. Outro expectativa é a liberação por parte do Ministério da Saúde, para que os serviços de quimioterapia sejam efetuados no próprio Socorrão.
Enquanto a parte sistemática da saúde tem seu funcionamento ‘redondo’, a parte física vai ficando estrangulada. Conceição Madeira assegurou que 20 novos leitos serão implantados para atendimento a queimados (10) e pacientes da saúde mental (10). Essa ampliação, porém, vai resultar no esgotamento da capacidade física do Socorrão. “É urgente a necessidade de Imperatriz ter um novo hospital e com instalações próprias”, conclama a secretária.
Enquanto uma nova construção não chega, o Hospital Municipal, o Socorrão, exibe sua mais recente conquista. De ser a mais nova residência médica do Brasil. Credenciado pelo MEC abriga residentes em clínica médica e cirurgia geral.
Referência em cumprimento de metas e fim da fila
O Município que é credenciado como alta complexidade em neurocirurgia, é sacrificado por bancar boa parcela dos gastos originado pela grande procura de pacientes de cidades vizinhas que aqui acorrem, inclusive, dos estados do Pará e Tocantins e acaba por arcar com o custo em outras áreas da saúde. Resultado? Os recursos da receita própria, que poderiam ser investidos na infraestrutura, vão pelo ralo. Mesmo os municípios maranhenses que fazem parte da compensação possuem um histórico financeiro negativo. Significa dizer: o que é gasto com pacientes de outras cidades, quando dos valores creditados pela pactuação, deixa o orçamento sempre no vermelho.
Apesar dessas dificuldades, Imperatriz vai vencendo etapas. Pela primeira na história, a cidade possui um lugar no Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), com sua titular merecendo, inclusive, destaque de honra, como recentemente visto no Espírito Santo, ao compor a mesa de abertura do 30º Congresso Nacional ao lado do ministro Arthur Chioro e do presidente do Conselho, Antonio Carlos Fiqueredo Nardi,
Outros destaques conquistados residem na Saúde Mental e na Ouvidoria. O Controle de Hepatite, Hanseníase e Hipertensão e Diabetes, são 3 programas que também se destacam. Um conjunto de benefícios enquadrados na saúde do homem, da mulher, do idoso, da criança e do adolescente.
Imperatriz é dos poucos municípios a ter funcionários preparados no Hospital do Câncer em Barretos, que é referência mundial. Ao cumprir todas as metas de vacinação, Imperatriz virou referência nacional nas estatísticas. O SAMU é regional. CAPS IJ, CAPS AD e CAPS 3. Há dois Centros de Especialidades Odontológicas em funcionamento, mais os atendimentos efetuados em postos e a Saúde Bucal oferece plantão de urgência, inclusive noturno. Residência Terapêutica, Consultório de Rua. O Centro de Especialidades funciona a pleno vapor no bairro Três Poderes, e fato inédito,com o fim das filas. Atualmente, o paciente recebe em casa, os exames efetuados e a autorização de consultas.
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