Documento assinado pelos moradores incomodados
Praça da Cultura: vizinhança vai apelar ao Ministério Público

Hemerson Pinto

O protesto realizado por moradores das proximidades da Praça da Cultura e pessoas que frequentam ou trabalham no local é um abaixo-assinado que deverá ser levado ao Ministério Público. O objetivo é pedir providências em relação ao abuso sonoro e outras situações que incomodam, principalmente durante a madrugada.
Segundo relatos de moradores, há cerca de três anos “a gente não consegue dormir direito com essa barulheira toda. É um bar aqui próximo que funciona até o amanhecer. Eles fecham as portas no horário que é determinado, mas ficam por uma janelinha vendendo bebida até de manhã. Os consumidores são pessoas que chegam com carros e colocam até na calçada da praça, abrem o bagageiro e soltam o som a toda altura”, disse uma moradora que pediu para não ser identificada.
Dono de uma banca de revistas instalada na praça, Antônio Almeida afirma que até o box onde funciona o comércio dele, o ponto de táxis e o box de sorvetes são alvos de pessoas que procuram locais para urinar. “Chegando pela manhã é possível encontrar fezes, o mau cheiro de urina é forte, e tem pelo chão os vestígios do consumo de droga”, explica. O vendedor afirma que o bar continua o funcionamento durante a madrugada com a venda de bebidas, mas não fornece banheiros aos clientes. Antônio comentou a prática de relações sexuais na praça durante as madrugadas.
Estilhaços de garrafas e copos são fáceis de serem encontrados nas praças, calçadas e ruas mais próximas à Praça da Cultura. Nas paredes de algumas residências as marcas de urina incomodam.
A Praça da Cultura é localizada no centro da cidade, é palco de eventos culturais, estudantis, serve aos taxistas que têm ponto no local e é palco dos tradicionais carnavais de marchinhas.