Hemerson Pinto
Em pouco menos de um ano, a cidade viveu momento parecido. Um problema técnico deixou todos os bairros sem água durante cerca de quatro dias. Cena comum eram pessoas transitando de um lado para outro com baldes, bacias, tambores e garrafas pet em busca do líquido precioso. Desde a última quarta-feira, vários bairros já estão sem água por outro problema, um defeito na bomba do sistema de captação da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, Caema.
A empresa anunciou que o abastecimento de água deve voltar ao normal no prazo de seis dias. A suspensão, segundo a Caema, é de 50% no fornecimento, mas nas primeiras horas após o defeito ser detectado alguns bairros já não recebiam água.
“No bairro Bacuri, perto da feira, a água já chega com dificuldade todos os dias. Com um problema desses, acho que foi o primeiro bairro a faltar água logo quando o problema aconteceu”, disse José Mota, que na manhã de sexta-feira levou baldes e tambores para a estação de tratamento no Parque do Buriti, onde foi disponibilizada água para quem quisesse encher recipientes e levar para casa.
Seu Cícero, morador do bairro Bacuri, foi até a estação de tratamento levando tambores em um carrinho de mão. “Essa é a quarta viagem que dou até aqui. Agora devo voltar no final da tarde pra pegar mais água. Ainda bem que não moro muito longe”, disse.
Uma empresa do ramo de reciclagem na Avenida Jacob disponibilizou água de um poço artesiano para os moradores do Parque das Estrelas e Vila Redenção II. Não é a primeira vez que o proprietário da empresa libera o poço para servir à comunidade. Dois funcionários ficam responsáveis para organizar a fila e a distribuição no portão do estabelecimento comercial.
No final da manhã de sexta-feira, os imperatrizenses contaram com uma ajuda que veio de cima. A chuva que caiu sobre parte da cidade fez muita gente improvisar um meio de acumular água para usar pelo menos durante algumas horas. Em algumas escolas os alunos foram dispensados e aulas canceladas por falta de água.
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