Frei Epifânio com o missionário Albé Ambrogio

A comunidade imperatrizense, principalmente os desportistas, lembra hoje os 35 anos da morte do sacerdote Frei Epifânio Taioli, que marcou época em Imperatriz.
Para lembrar a data, será celebrada missa na Igreja de São Francisco, onde ele foi pároco, às 18h30 de hoje.
Frei Epifânio foi um sacerdote de destaque na comunidade imperatrizense, tanto como padre como também um desportista, porque era um apaixonado por futebol. Por isso, recebeu a homenagem dos desportistas com o nome do estádio municipal Frei Epifânio da Badia, atualmente um dos melhores do norte/nordeste do Brasil.
Frei Epifânio nasceu na cidade de Badia Cavalena, na Itália, e veio para Imperatriz no final da década de 40. Ele jogava futebol de batina. Contam os desportistas que, em uma ocasião, um time de Imperatriz foi jogar em Marabá e Frei Epifânio foi como jogador. Na hora do jogo, o árbitro não queria permitir que ele jogasse de batina em função de que feria as regras do futebol e não era permitido. Depois de muita conversa, chegaram a um denominador comum e o padre, que era canhoto e por isso jogava de ponta esquerda, jogou e muito bem. Mas Frei Epifânio pôde tirar a batina para jogar, porque uma solicitação dele, via diocese de Carolina na época, foi aprovada pelo vaticano.
Jackson da Silveira Pereira, um dos grandes árbitros de futebol de Imperatriz, que apitou vários jogos pelo Brasileirão da Série A, conta que em 1970, na decisão da Copa do Mundo entre Brasil e Itália, quando a Azurra empatou o jogo por 1 a 1, Frei Epifânio soltou fogos na Praça Brasil. Segundo Jackson, ele e outros meninos da época foram para a Praça Brasil e a cada gol do Brasil eles soltavam um foguete. O Brasil venceu por 4 a 1 e conquistou o tricampeonato.
São algumas histórias que envolveram Frei Epifânio, que foi  muito querido em Imperatriz. Quando do seu enterro, a comunidade imperatrizense levou o caixão nos braços até o cemitério Campo da Saudade. Frei Epifânio Taioli morreu em 1983.