As pessoas que ficam muito tempo acessando as redes sociais podem ter a qualidade do sono comprometida. Mas o que tem deixado a população imperatrizense acordada? Acertou quem apostou na TV e/ou itens tecnológicos como principais responsáveis.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo professor da Faculdade de Educação Santa Terezinha (FEST), Ronilson Sousa, quase metade, 46,7%, das pessoas informaram que a principal causa de noites mal dormidas está diretamente ligada à distração com a TV e itens tecnológicos, sendo o principal vilão o uso de celular ou computador.
“A Philips fez uma pesquisa intitulada ‘Sleep: A Global Perspective’, onde aponta que mais de metade das pessoas admite que suas noites de sono poderiam ser melhores. E concluíram que o que mais atrapalha as noites de sono são problemas relacionados com a economia de seus países. Então, partiu o interesse de fazer uma pesquisa se os imperatrizenses têm problemas com o sono”, explica o professor como surgiu a ideia de realizar o trabalho.
“Mais de 50% dos imperatrizenses consideram que as suas noites de sono poderiam ser melhores e a principal causa das noites mal dormidas está relacionada com distrações a itens tecnológicos, TV, smartphones, computadores e notebooks”, aponta o professor.
A pesquisa foi realizada com mais de 100 pessoas através de uma rede social, o Facebook, como justifica o pesquisador. “Foi restrita apenas para pessoas residentes em Imperatriz. Mais de 100 pessoas foram ouvidas, no período de três dias, aproximadamente”, diz Ronilson Sousa.
A estudante Ana Carolina de Oliveira, de 21 anos, confessa que fica muito tempo utilizando os meios tecnológicos, principalmente o aparelho celular. “Acho que fico conectada quase 24 horas, porque até quando estou dormindo, estou conectada. A gente fica meio que refém da tecnologia. Eu, por exemplo, não consigo ficar nem meio dia sem o celular, é como ficar despida, faltando um pedaço”, declara.
A jovem reconhece, ainda, que o ‘vício’ atrapalha, sim, no sono e até na vida pessoal. “Atrapalha não só o sono, mas tudo. Inclusive o namoro, que acabou por causa disso. Muitas vezes eu tento dormir às 22h e acabo indo dormir meia noite, 1h da manhã, sem falar nas vezes em que acordo para olhar o celular durante a noite”, diz Ana Carolina.
Dados
A pesquisa revelou, ainda, comparativamente à pesquisa em outros países, que em Imperatriz 34,3% da população pesquisada considera ter noites perfeitas de descanso. Na contramão, mais da metade das pessoas pesquisadas revela que suas noites de sono poderiam ser melhores, mas apenas 13,5% procuram melhores maneiras para que isso ocorra e apenas 1,5% informaram receber acompanhamento médico para dormir melhor.
Outro fator que tem tirado o sono das pessoas é o trabalho. O estresse do dia contamina o momento de descanso de mais de 18% dos participantes da pesquisa, que está diretamente ligado também com as preocupações financeiras e problemas econômicos que são responsáveis pelas dificuldades de dormir de 10,5% dos entrevistados.
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