O coordenador do Centro de Dermatologia Sanitária, Francisco Cutrim, da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), disse ontem à reportagem que o trabalho de combate à hanseníase será intensificado em Imperatriz. A metodologia a ser utilizada será a “vigilância de contato”, conforme recomenda o Ministério da Saúde.
“Nós pretendemos trabalhar rua por rua, assim como domicílio por domicílio”, disse ele, ao explicar que o objetivo é examinar a pessoa em sua residência, realizando contatos direto e indireto devido ser uma doença infectocontagiosa, ou seja, transmite de pessoa a pessoa.
Cutrim observa que os técnicos trabalham com diagnóstico precoce, sendo que ao detectar uma mancha na pela da pessoa atendida pela equipe do Centro de Dermatologia Sanitária, será iniciada uma investigação para diagnosticar a suspeita de hanseníase. Ele diz que houve uma redução de aproximadamente 50% na detecção da doença em Imperatriz, porém avisa que o município ainda não conseguiu sair da hiperedemia.
“O Maranhão é o segundo maior estado em detecção de casos de hanseníase, porém para sair da hiperedemia é necessário que sejam confirmados até quatro casos para cada grupo de 100 mil habitantes”, diz ele, ao citar que mensalmente são notificadas entre 10 a 12 pessoas, sendo que antigamente chegavam a ser notificados 36 casos por cada grupo de 100 mil habitantes.
Para ele, a incidência da doença ainda é considerada elevada e preocupa os técnicos que lutam para excluir o município do quadro de hiperedemia de casos de hanseníase em Imperatriz. Além disso, o coordenador do Centro de Dermatologia diz que a doença é verificada com maior frequência em homens que buscam tratamento, pois caso não seja tratada pode impossibilitar o homem de continuar com suas atividades laborais.
Diagnóstico – O coordenador Francisco Cutrim conta ainda que o Programa de Controle e Diagnóstico de Hanseníase é descentralizado em Imperatriz, embora disponha de um centro para referência municipal, servindo de suporte para Unidades Básicas de Saúde (UBS). “O tratamento e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar de psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais são gratuitos oferecidos apenas em Imperatriz e São Luís”, finalizou. [Gil Carvalho]
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