A vida é feita de escolhas! O que não é tarefa muito fácil. O danado é que estamos sempre tendo que escolher alguma coisa. Dada à complexidade do ato de escolher, alguém já deveria ter lançado um curso permanente para ensinar “como não errar nas escolhas, ou “como fazer a escolha certa”. Ganharia, certamente, muito dinheiro.
Uma escolha pode resultar em vida, ou em morte, alegria ou tristeza, no sucesso ou fracasso; na felicidade ou na infelicidade. O ato de escolher, seja qual esta for, provoca consequências negativas ou positivas. Ninguém adivinha o que há de vir a partir daquilo que escolhemos. Se soubéssemos, aí, sim, a coisa seria diferente; como ninguém sabe, surge o império da incerteza.
O agravante nisso tudo é que embora a “escolha” seja algo muito subjetivo, fatalmente tem desdobramentos externos. Pode desagradar a pessoa, as pessoas e grupos. Dependendo da opção, corre-se risco até de morte; é por isso que classificaria a “escolha” como um ato de coragem dos mais extremos.
Saindo um pouco dessa divagação inicial, fico aqui a imaginar os dias de agruras que antecederam ao processo de escolha do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, entre as candidaturas de Lobão Filho e Flávio Dino depois da retirada de seu amigo  Luís Fernando. Não foi uma simples escolha, pelo que se sabe. Com Luís Fernando era uma coisa, com Lobão Filho outra coisa. Elementos subjetivos e objetivos pontuaram a escolha de Madeira, mas o que pesou mesmo foram os interesses da cidade. “Não poderia ir contra a vontade da população e apoiar aquilo que não acredito”, disse ele mais de  uma vez.
Madeira optou por Flávio Dino desde o início, daí logo vieram os boicotes e as ameaças veladas das mais diversas. Ataques virulentos diários, até de cunho pessoal, na TV da família do candidato derrotado ao Governo do Estado, além de recados indiretos nada republicanos. O prefeito de Imperatriz, apesar disso tudo, manteve sua posição. Sem medo, não se fez de rogado. Não ficou no limite do simples eleitor. Com um microfone na mão, a militância do PCdoB e demais partidos aliados, agira como se fora ele o candidato e percorreu, na ausência de Flávio Dino, toda a região tocantina levando a mensagem da mudança. Deu certo: Flávio se elegeu governador do Maranhão.
Como ele {Madeira} costuma dizer: a luta não para! Agora o esforço é para elevar a votação de Aécio Neves, seu amigo pessoal, na região e dessa forma dar a contribuição da cidade para a eleição dele para a Presidência da República; diante desse desafio, empreende esforços para incluir nesta campanha de segundo turno todos aqueles que querem um Brasil  e uma Imperatriz melhores com Aécio na Presidência da República.
Como bem analisou a coluna Bastidores na edição da última sexta-feira do Jornal O PROGRESSO, “admitam ou não, Madeira sai mais do que fortalecido desse pleito eleitoral”. Os motivos são óbvios.
A posição de líder Madeira demonstrou naturalmente pela coragem de dizer sim quando foi preciso, e não da mesma maneira; pela capacidade de conviver perfeitamente, lado a lado, por cerca de três meses, com adversários políticos/ideológicos históricos superando traumas em nome de um ideal maior. A convivência foi pacífica e, como se viu, produtiva.
O tempo agora mostra e demonstra que o prefeito de Imperatriz, ao contrário do que muitos imaginavam, apesar das “agruras” do ato de escolher, fez o certo.   Madeira combateu o bom combate. Agora é guardar a fé para os outros desafios que virão pela frente.
O rei não está morto!

* Elson Mesquita de Araújo, jornalista